O governo
pretende começar a pagar já na próxima semana o auxílio emergencial de R$ 600 a
trabalhadores informais, disse nesta sexta-feira, 3, o ministro da Cidadania,
Onyx Lorenzoni. Os elegíveis que já forem registrados no Cadastro Único de
programas sociais serão rastreados pelo governo e, segundo o ministro, serão
alvo de um “esforço” para receberem antes da Páscoa (12 de abril). Os
beneficiários do Bolsa Família, por sua vez, receberão os créditos no
calendário normal do programa, que começa em 16 de abril.
O Cadastro Único
tem quase 75 milhões de pessoas registradas, das quais 65 milhões têm CPF
conhecido. Fora do CadÚnico, o governo estima que 15 milhões a 20 milhões não
têm nenhuma formalização de sua atividade. São esses que o governo precisará
rastrear de forma mais “manual”.
Para isso, o
governo deve lançar na próxima terça-feira, 7, um aplicativo acessível pelo
celular e pelo computador para a realização da chamada “autodeclaração”. O
trabalhador informará o governo que precisa do auxílio emergencial, e o governo
checará se ele preenche todas as regras.
“Vai ser
supersimplificado, não vai trazer nenhuma taxa nem nenhum ônus, vai permitir
pela web ou pelo celular que as pessoas possam fazer cadastramento para
permitir que até 48 horas depois do cadastramento daqueles que cumprirem todos
os requisitos, o recurso esteja creditado na Caixa, no Banco do Brasil ou na
rede bancária, ou haverá uma autorização de saque”, explicou Onyx.
O ministro destacou
que a equipe tem trabalhado com dois focos: segurança e agilidade. Mas admitiu
que há uma série de complexidades no processo.
Segundo ele, das
14,29 milhões de famílias que receberão o Bolsa Família em abril, cerca de 2
milhões têm um benefício maior que os R$ 600 do auxílio emergencial – por isso,
é preciso um cuidado para que elas não tenham a substituição automática e
acabem recebendo menos. “Essas pessoas precisam ser claramente identificadas”,
disse Onyx.
Outras 12 milhões
receberão os valores do auxílio emergencial, que vai variar de acordo com o
perfil da família. A lei prevê que até duas pessoas podem receber o auxílio,
que é de R$ 600 ou R$ 1,2 mil no caso de mulheres chefes de família.
“Quem está no Bolsa
Família pode ter total tranquilidade que vai receber tudo aquilo a que tem
direito nos três meses”, afirmou o ministro.
Esse público,
ressaltou, não precisará acessar o aplicativo para fazer a autodeclaração.
No caso do
CadÚnico, o ministro da Cidadania disse que há trabalhadores informais já
registrados lá, ainda que não recebam o Bolsa Família. “O sistema está sendo
preparado para encontrar os elegíveis inequívocos”, disse. “Esse volume será
identificado para que a Caixa possa então estabelecer calendário para que
recursos cheguem”, afirmou.
Fonte: Jardim do Agreste
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