O jornalismo é mais um dentre vários segmentos
essenciais que tem passado por problemas, tanto por conta de seu papel social
para informar a sociedade quanto pela forma como viabilizar o acesso a tais
informações.
Em artigo publicado no jornal
português Publico, o jornalista Pedro Jeronimo avalia dois pontos em
especial: as paywalls de notícias sobre o conteúdo relacionado ao coronavírus,
e a derivação do trabalho para um tipo de jornalismo “justiceiro”.
No primeiro caso, é
importante avaliar o interesse público,
principalmente quando as notícias podem vir a ter consequência na vida das
pessoas. No segundo caso, deve-se ponderar a respeito da identificação das
pessoas – como acontece com a publicação de imagens de pessoas andando pelas
ruas em um período que se recomenda ficar em casa, que pode gerar uma reação
mais inflamada nas redes sociais.
“Defender que se deve ler no jornal, ouvir na rádio,
ver na televisão ou fazer isso tudo online, sob o pretexto do rigor e da
verdade, ao mesmo tempo em que se fecham conteúdos, é pensar mais no negócio do
que nos tempos excepcionais que a sociedade vive”, diz o articulista. “Reclamar
contra a problemática crescente de desinformação, enquanto se pratica um
jornalismo que procura o clic, a partilha e o comentário nas redes sociais, é
entrar no mesmo território do “inimigo”. O do apelo às emoções, que alimentam o
populismo”.
Fonte:
Jornal GGN
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