O inquérito 4781, batizado de inquérito das fake news,
pode não gerar denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro, porque precisa da
Procuradoria-Geral da República para isso. Mas as provas colhidas neste
inquérito podem ser compartilhadas com o Tribunal Superior Eleitoral, que tem
duas ações revelantes que podem levar à cassação de Jair Bolsonaro e Hamilton
Mourão e ao consequente chamamento de novas eleições.
No TSE, há duas ações que tratam dos disparos em massa
de fake news, via WhatsApp, que foram revelados pela Folha de S. Paulo ainda
durante a eleição presidencial de 2018. O financiamento empresarial dessas
ações podem configurar crime de caixa 2 eleitoral.
No inquérito das fake news, o ministro Alexandre de
Moraes determinou a busca e apreensão e a quebra de sigilo fiscal e bancário de
empresários suspeitos de financiar a rede bolsonarista de ataques à honra e
ameaça à segurança dos ministros do Supremo.
Luciano Hang (Havan), Edgard Corona (BioRitmo e
SmartFit), o humorista Reynaldo Bianchi Junior e o militante Winston Rodrigues
Lima foram os alvos.
Se houver provas de que eles abasteceram, de alguma
forma, a rede de fake news com recursos, o encaminhamento ao TSE é permitido.
Lá, o material, se considerado prova cabal, deixará de ser sigiloso.
Segundo a Folha desta sexta (29), um advogado que
defende um dos empresários no inquérito das fake news disse que “a informação
extraoficial é que Moraes já reuniu mais de 6.000 páginas no inquérito como
elementos contra os alvos da PF.”
Os filhos de Jair Bolsonaro, Carlos e Eduardo, também
são suspeitos de integrar o chamado gabinete do ódio.
Fonte:
Jornal GGN
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