terça-feira, 30 de junho de 2020

A TEORIA DA PRÁTICA NA REINVENÇÃO DO JORNALISMO, POR CARLOS CASTILHO




A Teoria da Prática aplicada ao jornalismo ganhou um novo impulso depois do surgimento da pandemia do Coronavirus, quando ficou claro que a atividade informativa precisaria acelerar o abandono de paradigmas convencionais para poder atender às novas demandas informativas criadas pela Covid -19 em todo o mundo.

Na definição da pesquisadora finlandesa Laura Ahva, a Teoria da Pratica é o conjunto de representações identificáveis, padronizáveis e personificáveis compostas por seres móveis, objetos manuseáveis, processos capazes de serem descritos e ambientes que podem ser entendidos. Numa definição mais simples, é uma forma de entender uma realidade desconhecida a partir da observação, codificação e categorização de dados, fatos e eventos registráveis num ambiente determinado.

O sociólogo inglês Nick Couldry defende a Teoria da Prática como um paradigma preocupado com a forma, objetivos e valores adotados pelas pessoas na relação com a mídia e menos com textos, imagens, declarações e instituições jornalísticas. “O que as pessoas estão fazendo em relação à mídia num amplo espectro de situações e contextos?”, afirma no texto Theorizing Media as Practice (2004).

Até agora a maioria dos estudos sobre jornalismo se preocupava mais em analisar a realidade a partir de textos e documentos, centrados nas redações e nos negócios jornalísticos do que na realidade exterior a estes dois ambientes. O objetivo era achar soluções para problemas da profissão e das empresas mais do que identificar mudanças nos comportamentos, necessidades e aspirações dos indivíduos que compõem a audiência dos veículos de comunicação jornalística.

A prática como aventura teórica

A mais recente pandemia na longa sequência de mortandades a atingir a humanidade deflagrou uma serie de mudanças no modo de viver das pessoas, como é o caso do distanciamento social em plena era das aglomerações globalizadas. Como nas pandemias anteriores, a inexistência de vacinas e remédios transformou a informação no único antídoto eficaz para combater a contaminação generalizada.

As mudanças provocadas pela Covid-19 tornaram ainda mais intenso o processo transformador deflagrado pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), já no final do século passado. Isto acabou mostrando também a urgência do jornalismo encontrar um novo marco teórico capaz de orientar sua adequação à nova realidade informativa, marcada pelo esgotamento do modelo comercial na imprensa.

Em seu trabalho pioneiro na Universidade Tampere de Ciências Aplicadas, Finlândia, Laura Ahva, entende a Teoria da Prática como um ponto de partida para a reinvenção do jornalismo com base na observação da prática em realidades especificas através de uma integração estreita com outras disciplinas, em especial etnografia e antropologia.

Para Nick Couldry, a Teoria da Prática tem a vantagem de ver o jornalismo da era digital como uma área desconhecida que é necessário explorar ao identificar seus componentes, origens, dinâmica e condicionantes. Ele recorre a princípios já desenvolvidos na etnografia e antropologia no sentido de rejeitar ideias pré-existentes para valorizar os dados, fatos, processos e eventos identificados através da observação distante ou participante.

As observações de Couldry fazem sentido porque o fato concreto é o de que o jornalismo, de maneira geral, entrou na era digital com base no erro e acerto, na falta de paradigmas previamente testados. São uma prova disto o alto índice de mortalidade das chamadas “start ups” e o elevado índice de fracasso de projetos lançados por empresas como a Google.

O fato do jornalismo contemporâneo defrontar-se com uma realidade digital ainda desconhecida pela maioria dos profissionais confere à atividade características de mutabilidade e liquidez que apenas confirmam a necessidade de buscar novos paradigmas teóricos para orientar a pesquisa da realidade.

Uma “feira de teorias”

Na verdade a Teoria da Prática é uma família de teorias, ou na definição de Ahva, uma “feira de teorias” (trading zone) , uma espécie de ponto de encontro de várias propostas. Esta “família de teorias” é uma consequência direta do aumento da multi e interdisciplinaridade na investigação jornalística. Uma simples reportagem sobre um crime gera hoje um conjunto de abordagens etnográficas, antropológicas, psicológicas, sociológicas, jurídicas e econômicas, só para citar algumas áreas de conhecimento que integram o contexto do evento. O conjunto destas abordagens permite uma maior aproximação à essência do fato a ser noticiado. É esta interdisciplinaridade que está no coração da Teoria da Prática.

Outra característica marcante da “feira de teorias” é sua escalabilidade, ou seja, capacidade de utilização tanto no nível macro como no micro, e suas gradações intermediarias. A Teoria da Pratica pode servir de guia tanto para a pesquisa hiperlocal visando um sistema de informação num bairro ou rua, como na busca de paradigmas nacionais ou internacionais. Um paradigma teórico hiperlocal é um dado básico de realidade num contexto regional ou nacional.

Para se adequar à nova realidade informativa pós pandemia, a Teoria da Prática propõe que o jornalismo examine a prática de um ambiente específico tentando identificar os elementos que direcionam, inter-relacionam, condicionam e explicam ações de atores envolvidos no fato, dado, processo ou evento em observação. Neste ponto, a Teoria da Prática se inspira nos trabalhos de Bruno Latour, da mesma forma que a identificação das estruturas onde se desenvolve a pesquisa jornalística se apoia nas ideias de Antony Giddens, e o estudo do ambiente humano usa a obra de Pierre Bourdieu.

Carlos Castilho – Pesquisador do objETHOS e colaborador do Observatório da Imprensa

Referências

COULDRY, Nick. Theorizing Media as Practice. Social Semiotics, vol. 14, numero 2, pag 115-132. DOI : 10.1080/1035033042000238295. 2004

AHVA, Laura. Practice Theory for Journalism Studies. Journalism Studies, DOI : 10.1080./1461670X.2016.1139464. 2016

Fonte: Jornal GGN

A HISTÓRIA FARÁ JUSTIÇA A PAULO CÂMARA




No sexto ano como governador de Pernambuco, Paulo Câmara jamais imaginou ocupar o cargo quando aceitou ser secretário de Administração, depois de Turismo e Fazenda do governo Eduardo Campos. Seu nome foi escolhido exatamente por não postular o cargo, acabou eleito no bojo de uma tragédia que vitimou Eduardo e que marcaria para sempre a história política de Pernambuco.

Seus quase seis anos à frente do Palácio do Campo das Princesas deram a Paulo uma experiência política que ele não tinha. Sereno e pouco afeito a holofotes, Paulo enfrentou momentos difíceis como governador, como o impeachment de Dilma e as sucessivas crises, ora econômicas, ora sanitária como a da Covid-19 que trouxe consequências difíceis para todos os governantes.

Mesmo com os desafios impostos, Pernambuco está vencendo a luta contra a Covid-19 e tem mantido os serviços essenciais de pé. Isso só foi possível graças ao perfil de Paulo Câmara, que por diversas vezes injustiçado, será um governador que a história reconhecerá seu valor de ter enfrentado diversos problemas e não ter esmorecido no intuito de defender Pernambuco.

A crise ainda não acabou, seus efeitos ainda serão notados por anos, mas sem um governante com a serenidade de Paulo Câmara tudo seria mais difícil para os pernambucanos.

Fonte: Edmar Lyra

SIVALDO PEDE A SECRETÁRIO DE SAÚDE A LIBERAÇÃO DE RESPIRADORES PARA PREFEITURA DE GARANHUNS




Deputado estadual Sivaldo Albino coloca os interesses da população acima das diferenças políticas.

Parlamentar solicitou ao Secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, cinco respiradores para o Hospital de Campanha do Município, instalado na Cohab II, no prédio originalmente construído para abrigar uma UPA 24 horas.

O secretário estadual de saúde disse que com a autorização do governador os equipamentos serão liberados para Garanhuns.
Sivaldo acha que é preciso se preocupar com a situação da cidade, por conta do grande número de pessoas infectadas pelo coronavírus.

“Quanto mais investirmos no Dom Moura, na UPAE, nos leitos contratados junto ao Hospital Perpétuo Socorro e na unidade de saúde da prefeitura, mas estaremos protegendo a população para o caso de necessidade”, explicou o deputado.

Fonte: Blog de Edmar Lyra

425 CASOS DE CORONAVÍRUS EM GARANHUNS




A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que, nesta segunda-feira (29), foram confirmados 10 casos de Covid-19 em Garanhuns. As pessoas que testaram positivo para doença estão em fase de isolamento/tratamento, e permanecem sob o monitoramento da equipe da Secretaria de Saúde.

Mais 11 pessoas estão recuperadas, após cumprir o período de isolamento/tratamento, e não apresentar mais sintomas da doença. Outros seis casos foram descartados, após resultado de testagem laboratorial. Ao todo, já foram realizados 295 testes pela rede municipal.

Quatro pessoas estão internadas na Unidade de Tratamento Covid-19. Deste total, duas pessoas testaram positivo para o novo coronavírus, e duas negativo. Um paciente que testou positivo, e passou 10 dias internado na unidade, recebeu alta médica hoje, para finalizar o tratamento em domicílio.

Ao todo, já foram confirmados 425 casos de Covid-19 em Garanhuns. Deste total 30 pessoas vieram a óbito, 275 estão recuperadas após cumprir o período de isolamento domiciliar e não apresentar mais sintomas; e 120 pessoas que foram confirmadas com Covid-19 estão em fase de tratamento e/ou isolamento. Ao todo, 408 casos já foram descartados, após serem submetidos ao exame e obtiverem resultado negativo.

A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população permaneça em casa! Se for necessário sair, faça o uso de máscara, lembrando também dos cuidados com a higiene. Todos aqueles que não estão envolvidos com os serviços essenciais devem cumprir as medidas de distanciamento social, de acordo com as orientações das autoridades sanitárias.

Fonte: Secom

segunda-feira, 29 de junho de 2020

SEM GOLPE, SEM IMPEACHMENT E SEM FRENTES?, POR ALDO FORNAZIERI




Quando falta a virtude combativa, a capacidade e a criatividade, a fortuna tende a triunfar contra a vontade e os projetos dos atores políticos. O Brasil vive um daqueles momentos, não raros aqui, no qual nenhuma força política consegue imprimir direção e sentido aos acontecimentos políticos. Bolsonaro quer dar um golpe e não consegue, as esquerdas querem o impeachment e não conseguem e setores de centro e de esquerda querem formar frentes e não conseguem. Poucas forças políticas organizadas e atores sabem realmente o que querem, neste momento, ou sabem o que fazer. Talvez Rodrigo Maia, Lula, os militares que estão no governo e Ciro Gomes, todos em parte? Talvez.

O fato é que a conjuntura política nas últimas semanas se movimentou no sentido de novas tendências ou de uma reconfiguração. O fato determinante foi o limite à estratégia de autoritarismo incremental que Bolsonaro e os setores radicais do bolsonarismo vinham incrementando. Este limite tem alguns vértices. O principal, foi a ação contundente do STF e do Judiciário a partir investigação e prisão de promotores de atos antidemocráticos, do andamento do processo das fake news, dos desdobramentos da fatídica reunião ministerial e da prisão do Queiroz. Pela primeira vez depois que assumiu a presidência, Bolsonaro viu-se obrigado a passar para uma posição defensiva.

Três outras linhas de força também contribuíram para o recuo de Bolsonaro e do bolsonarismo: a sinalização crescente dos militares da ativa de que não embarcariam em aventuras golpistas e que não querem ver as Forças Armadas associadas a esses movimentos; o fortalecimento de tendências de impeachment no Congresso e os incipientes movimentos de rua liderados por torcidas e outros movimentos sociais que apontam para a tendência de um crescimento de manifestações contra o governo e enfraquecimento das mobilizações bolsonaristas.

Bolsonaro acusou o perigo: acelerou o pedido de socorro ao centrão e aos militares, sacrificou Weintraub e os bolsonaristas radicais, que se revelaram grupelhos, foram intimidados pelo STF e sofreram uma espécie de esfriamento no interior do próprio bolsonarismo mais geral. O perigo que Bolsonaro corre é o que pode vir do caso Queiroz. Não se sabe realmente se o que pode vir tem a força de causar um grande estrago a Bolsonaro ou apenas ao seu filho, senador Flávio. O inquérito das fake news também tem algum perigo potencial, mas, aparentemente, de menor teor explosivo.
Desta forma, com os 32% de apoio popular, com a aceitação da tutela militar, com o abrigo do centrão, com o recuo na estratégia de autoritarismo incremental e com a inexistência de grandes mobilizações de rua, ao contrário do que dizem analistas extraviados de esquerda, Bolsonaro não sofre perigo de impeachment no curto prazo. 
Mas outro perigo pode estar logo ali na frente: o desastre econômico e social que já se evidencia por conta das consequências da pandemia e de falta de programa econômico do governo pode alterar os ânimos e as tendências políticas.

Para que um cenário de impeachment se coloque com força, a conjuntura deve reconfigurar-se drasticamente a ponto de ser capaz de empurrar partidos e parlamentares de centro e de direita para o lado do impedimento do presidente. Por ora, não há sinais nesse sentido. Isto não significa que a oposição de esquerda, por diversas razões, mas principalmente por uma questão de dignidade nacional e de defesa da democracia e dos direitos, não deva lutar pelo impeachment. Para isso, precisa saber ler a conjuntura e saber agir nela.

Em artigo anterior (O extravio das esquerdas) apontei para alguns erros de avaliação de conjuntura dos partidos de esquerda. O primeiro e, mais grave, era e em parte ainda é, o de que Bolsonaro, junto com os militares, dariam um golpe. As esquerdas, que oscilam entre o medo (apavoradas com o golpe) e o ufanismo pueril (iminência da queda de Bolsonaro), confundiam os desejos de Bolsonaro e dos bolsonaristas com a realidade efetiva das coisas da política brasileira. Perderam mais de um ano na inconsequência analítica e nos erros táticos e estratégicos.

O segundo erro consistiu e, em parte ainda consiste, em classificar o governo como fascista. Que Bolsonaro e bolsonaristas têm posições fascistas, não resta dúvida. Mas daí a classificar o governo como fascista é um erro elementar que não resiste à análise comparativa histórica do que foi o fascismo e à análise conceitual.

Em consequência desses dois erros de avaliação, as esquerdas se enredaram na inócua discussão das frentes: Frente democrática, frente antifascista ou frente democrática e popular. A discussão é inócua porque colocaram a forma na frente do conteúdo, o formalismo na frente das lutas. O mais importante era articular lutas e construir unidades em torno delas. Se isto resultaria na articulação de frentes formais ou informais seria o processo que decidiria. O mais provável, seria a constituição de frentes informais e pontuais.

Nesse ponto, Lula acerta em não querer integrar uma frente formal. Mas erra, no meu juízo, quando se nega em participar de um ato pontual em defesa da democracia. Enquanto isso, a direção do PT fica a deriva, sem saber exatamente o que fazer. O PSOL não está menos perdido: se, taticamente, acerta em avaliar que é importante participar de atos pontuais em defesa da democracia, estrategicamente ainda fica iludido e enredado na tese de uma frente popular. O PSOL deveria investir na construção de uma unidade em torno de uma plataforma de lutas concretas e preparar-se para as eleições municipais sem subordinar seus objetivos eleitorais aos inexistentes objetivos de uma suposta frente popular.

Setores do PT e do PSOL comungam do mesmo erro quando pensam que as eleições municipais serão uma espécie de plebiscito contra Bolsonaro e que deve se formar uma frente eleitoral antifascista e pela democracia. Em primeiro lugar, Bolsonaro não se apresentará com uma força própria nessas eleições. Em segundo lugar, os partidos de esquerda devem combinar dois critérios na definição de suas táticas eleitorais: 1) o critério do fortalecimento do campo democrático e popular; 2) o critério dos objetivos eleitorais de cada partido. Pelo primeiro critério, onde houver alguma chance de vencer com um candidato de esquerda, os partidos devem se coligar. Pelo segundo critério, onde não houver essa possibilidade, cada partido fica livre para buscar se fortalecer sem, necessariamente, excluir alianças.

Assim, PT e \PSOL precisam se desenredar de seus equívocos e definir melhor seus objetivos estratégicos e seus movimentos táticos. Nesse sentido, Ciro Gomes, a seu modo, parece ter mais clareza aonde quer chegar. Estrategicamente, quer aglutinar um novo campo de forças de centro-esquerda e de centro, a partir de um programa nacional, para disputar as eleições de 2022. Taticamente, busca defender bandeiras de luta e fazer alianças eleitorais nas eleições municipais que encaminhem o fortalecimento de seu projeto maior.

Para viabilizar seu projeto, Ciro precisa rivalizar com Lula e o PT, pois é com o que ele chama de lulopetismo que ele disputa a hegemonia. O PT precisaria encontrar uma maneira de desarmar essa armadilha. Se bater forte em Ciro, tende a fortalece-lo. Desta forma, deveria agir no campo político, programático e, principalmente, na mudança de sua postura hegemonista para   recompor um campo de alianças. Reduzir o PT a uma aliança com o PSOL representaria um estreitamento e uma enorme perda de capacidade política do PT. E o PSOL, por seu turno, não pode subordinar seus objetivos aos interesses do PT, pois o partido precisa construir-se num terreno político que o PT não ocupa ou deixou de ocupar. O terreno das periferias e dos novos movimentos sociais, setores órfãos de organização e representação política.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política (Fespsp).

Fonte: Jornal GGN

CICLO DE CONVERSAS VIRTUAIS ABORDA EXPERIÊNCIAS EM TEATRO DE GRUPOS DO SESC/PE




O Sesc Ler Surubim promove, a partir desta sexta-feira (26/06) um ciclo de conversas sobre as experiências dos processos criativos dos grupos teatrais de algumas unidades do Sesc em Pernambuco. As lives serão conduzidas por André Chaves, professor de teatro e diretor do Grupo Proscênio de Teatro do Sesc Ler Surubim, sempre às sextas-feiras, às 18h.

Na primeira live, André conversa com a professora de teatro do Sesc Ler Belo Jardim, Marília Azevedo, diretora do Coletivo Grão de Teatro. O teor do bate-papo será a história do grupo, as atividades desenvolvidas, os espetáculos montados e os que continuam em repertório e o trabalho que vem sendo desenvolvido em tempos de isolamento social.

A relação entre os dois grupos começou em 2013. De lá para cá, todos os trabalhos do Proscênio foram apresentados em Belo Jardim. O espetáculo "Ópera D'água, por exemplo, que trata da relação das cidades com a água, foi encenado duas vezes (2018 e 2019), pois também dialoga com a realidade da cidade. “Na última vez, conseguimos fazer um intercâmbio mais consistente; apresentamos o espetáculo em um dia e realizamos uma vivência e uma oficina com o grupo anfitrião no outro”, explica o professor André Chaves. 

As lives também vão tratar das pesquisas específicas de cada grupo. “Aqui em Surubim, por exemplo, nós desenvolvemos um trabalho voltado para as territorialidades expandidas, ou seja, a relação do teatro e a cidade, o teatro e o espaço, entre outros. Assim, a cada live, vamos conhecer um pouco das especificidades dos coletivos”, afirma André.

Artes Cênicas do Sesc/PE – as Artes Cênicas dentro do Programa Cultura do Sesc Pernambuco trabalham com as linguagens do Circo, da Dança e do Teatro entre apresentações artísticas e atividades formativas que promovem a fruição, a experimentação, a difusão e a discussão estética e crítica das artes de expressão da cena a partir do ponto de vista da criação artística e da formação de públicos. Entendendo a dinâmica da arte e de seus territórios fluidos, passeia por outras linguagens em um envolvimento híbrido com a performance, a intervenção urbana, os happenings, as instalações artísticas, em total transversalidade com a música, a literatura, o cinema e as artes visuais, numa constante ressignificação do trabalho do intérprete e seu diálogo com a contemporaneidade.

Sesc – O Serviço Social do Comércio, seguindo as orientações de isolamento social determinadas pelo Governo de Pernambuco, em razão da pandemia do novo coronavírus, está realizando seus trabalhos em regime home office. Ações das cinco áreas fins da instituição (Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde) estão sendo realizadas com o auxílio de plataformas digitais, que contribuem para que a interação não seja interrompida. Aulas gratuitas de Pré-Enem e cultura, além do conteúdo da Educação Infantil e Ensino Fundamental estão sendo transmitidos à distância, assim como dicas de leitura, atividades físicas, brincadeiras e jogos. Profissionais da saúde estão repassando informações educativas de prevenção e combate ao Covid-19 para o público infantil, jovem, adulto e idoso. Ao mesmo tempo, o Banco de Alimentos da instituição está em campanha, em todo o estado, para arrecadar cestas básicas, alimentos não-perecíveis e produtos de limpeza e itens de higiene. Para conhecer mais sobre o Sesc e saber de novas decisões e determinações neste período de quarentena, acesse www.sescpe.org.br.

Serviço: Ciclo de Conversas – Experiências em Teatro de Grupos do Sesc/PE
Realização: Sesc Ler Surubim
Todas as sextas-feiras, às 18h, pelo perfil @oiandrechaves no Instagram
Informações: (81) 3634-5280

PREFEITURA REALIZA TESTES RÁPIDOS DE COVID-19 COM TAXISTAS DE GARANHUNS




A Prefeitura de Garanhuns, por meio da Secretaria de Saúde, realizou, na manhã deste sábado (27), uma ação de testagem rápida de Covid-19 direcionada aos taxistas de Garanhuns. A ação, desenvolvida pelos setores de Vigilância em Saúde e Núcleo de Promoção à Saúde, com o apoio de profissionais do Núcleo Ampliado à Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) e da Autarquia Municipal de Segurança, Trânsito e Transportes (AMSTT), testou cerca de 70 taxistas que atuam em pontos fixos no centro e demais localidades do município.

A secretária de Saúde, Nilva Mendes, destacou a importância de promover a testagem entre profissionais que estão atuando em contato com a população durante a pandemia. “Realizamos a testagem para poder assegurar os profissionais e passageiros que fazem o uso do serviço. A partir destes testes, também poderemos fazer um rastreamento de como a doença está se comportando no município, agora que a Covid-19 está se interiorizando”, comentou a gestora da pasta.

O taxista, Gildo Leite da Silva, atua no serviço de transporte individual há mais de 20 anos e avaliou a ação da Prefeitura. “Esta iniciativa foi muito positiva. Nós, que não somos médicos mas também estamos na linha de frente, em contato direto com a população, podemos ter uma garantia de cuidado, tanto para nós, quanto para nossa família, que está em casa”, explicou o profissional.

A Secretaria de Saúde também realizará testagens rápidas do novo coronavírus com os guardas municipais da Autarquia Municipal de Segurança, Trânsito e Transportes (AMSTT), além de todos os servidores que atuam nos serviços de saúde municipais que ainda não foram testados, incluindo agentes comunitários de Saúde (ACS’s) e agentes comunitários de Endemias (ACE’s). As testagens serão descentralizadas e feitas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s). O cronograma de ações será divulgado posteriormente.

Fonte: PENEWS.COM

415 CASOS DE CORONAVÍRUS EM GARANHUNS




A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que, neste domingo (28), foram confirmados seis casos de Covid-19 em Garanhuns. As pessoas que testaram positivo para doença estão em fase de isolamento/tratamento, e permanecem sob o monitoramento da equipe da Secretaria de Saúde.

Outros quatro casos foram descartados, após resultado de testagem laboratorial. Ao todo, já foram realizados 202 testes pela rede municipal.
Cinco pessoas estão internadas na Unidade de Tratamento Covid-19. Deste total, três pessoas testaram positivo para o novo coronavírus, e duas negativo.

Ao todo, já foram confirmados 415 casos de Covid-19 em Garanhuns. Deste total 30 pessoas vieram a óbito, 264 estão recuperadas após cumprir o período de isolamento domiciliar e não apresentar mais sintomas; e 121 pessoas que foram confirmadas com Covid-19 estão em fase de tratamento e/ou isolamento. Ao todo, 402 casos já foram descartados, após serem submetidos ao exame e obtiverem resultado negativo.

A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população permaneça em casa! Se for necessário sair, faça o uso de máscara, lembrando também dos cuidados com a higiene. Todos aqueles que não estão envolvidos com os serviços essenciais devem cumprir as medidas de distanciamento social, de acordo com as orientações das autoridades sanitárias.

Fonte: Secom

sexta-feira, 26 de junho de 2020

POR FAVOR, PEÇAM DESCULPAS, POR EUGENIA AUGUSTA GONZAGA




O dia 26 de junho foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o dia Internacional de Luta contra a Tortura, pois foi nessa data, em 1987, que a Convenção da ONU contra a Tortura foi assinada por seus Estados-membros.

O Brasil é um desses signatários e também aderiu ao seu protocolo facultativo, no ano de 2007, tendo se comprometido a criar um sistema nacional de combate à tortura, o que foi feito apenas em 2013. O Mecanismo de Combate à Tortura, um dos principais instrumentos previstos no referido protocolo, começou a funcionar apenas no ano de 2015 e, desde o ano passado, vem sofrendo sério risco de desmantelamento e extinção. 
Ou seja, apesar dos compromissos internacionais assumidos há décadas, o país teve o 
Mecanismo respectivo em regular funcionamento por menos de 04 (quatro) anos.

Isto significa que, para muito além de dizer que, no dia de hoje, não temos nenhum progresso a comemorar nesse campo, queremos apontar que o combate à tortura no Brasil nunca foi feito como política efetiva de Estado.

Os resultados disso são conhecidos: a tortura continua sendo amplamente praticada e tolerada; as autoridades atualmente eleitas fazem apologia a esse crime perverso e não sofrem nenhuma reprimenda por isso.

Na qualidade de quem trabalha há mais de 20 anos com medidas de Justiça de Transição, atividade inglória no Brasil, especialmente depois que o Supremo Tribunal Federal, em 2010, decidiu que a Lei de Anistia de 1979 protege torturadores que eram agentes do Estado, afirmo que chegamos a esse ponto pela falta de implementação de medidas de memória, verdade e justiça em relação aos graves crimes dessa natureza, assassinatos e desaparecimentos forçados praticados pela ditadura militar.

Porém, um dos objetivos dessa data é apoiar as vítimas da tortura. Já que nosso país está em tamanho débito em relação ao tema, gostaria de sugerir que a ex-presidenta e cada um dos demais ex-presidentes da República que mantiveram com os militares os pactos horrendos pela impunidade e silêncio em relação aos crimes da ditadura viessem a público no dia de hoje para dizer às vítimas – do passado e do presente – e suas famílias que lamentam profundamente por suas omissões. Essa atitude não mudaria imediatamente o atual cenário, mas, ainda que tardia, representaria uma forma de reparação de valor inestimável e, só por isso, já seria um passo extremamente relevante na luta contra a tortura.

Fonte: Jornal GGN

BRASIL CHEGA A 54,9 MIL MORTES E 1,22 MILHÃO DE CASOS DO NOVO CORONAVÍRUS




O Brasil teve 1.141 novas mortes registradas em função da covid-19 registrados nas últimas 24 horas, de acordo com atualização do Ministério da Saúde divulgada hoje (25). Com esses acréscimos às estatísticas, o país chegou a 54.971 óbitos em função da pandemia do novo coronavírus.Descrição: Brasil chega a 54,9 mil mortes e 1,22 milhão de casos do novo coronavírus

A atualização diária traz um aumento de 2,1% no número de óbitos em relação a ontem (24), quando o total estava em 53.830.
O balanço também teve 39.483 novos casos registrados, totalizando 1.228.114. O acréscimo de pessoas infectadas marcou uma variação de 3,3% sobre o número de ontem (24), quando os dados do ministério registravam 1.188.631 de pessoas infectadas. 

Do total, 499.414 estão em observação e 673.729 foram recuperados. Diferentemente de balanços anteriores, o de hoje não trouxe o número de mortes em investigação.
Os registros são menores aos domingos e às segundas-feiras em função da dificuldade de alimentação de dados aos fins de semana, e maiores às terças-feiras, em razão do acúmulo de notificações atualizadas no sistema.

A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4,5%. A mortalidade (óbitos por 100.000 habitantes) foi de 26,2. Já a incidência (casos confirmados por 100.000 habitantes) ficou em 584,4.

Fonte: Pernambuco Notícias