domingo, 29 de março de 2020

BRASIL: CANDIDATO A PRÓXIMO EPICENTRO DA COVID-19. BOLSONARO: CANDIDATO A PRÓXIMO GENOCIDA DA HUMANIDADE, POR PAULO HENRIQUE PINHEIRO




Nos dias 26 e 28 de janeiro fiz, em meu canal do YouTube (www.youtube.com/cunversadoph) dois alertas aos Ministérios da Saúde e da Economia. Em síntese os alertas pediam a elaboração urgente de Planos de Contingência para a transformação da epidemia de Covid-19 na China em pandemia, já que a doença começava a chegar na Europa e nos Estados Unidos.

Àquela altura já era claro, para mim e para muitos profissionais da saúde, que seria uma questão de tempo a Organização Mundial da Saúde declarar a Covid-19 como pandemia (fato que ocorreu em 11 de março de 2020). O Brasil registrou o primeiro caso dia 26 de fevereiro de 2020, exatamente um mês após meu primeiro alerta.

Em 30 dias, se o Ministério da Saúde e da Economia tivessem sido acionados pelo Presidente da República para estruturar os Planos de Contingência ante a iminente pandemia de Covid-19, o Brasil estaria em outra situação. Não só tais Planos não foram feitos como o Presidente ainda foi com sua comitiva para uma viagem questionável para os EUA. No retorno, 23 membros da comitiva testaram positivo para a Covid-19 e há dúvidas se o próprio Capitão não teria a doença.

Se o Ministério da Saúde tivesse adotado uma postura preventiva em portos, aeroportos e postos de fronteira desde o final de janeiro, medindo a temperatura das pessoas e aplicando testes rápidos de Covid-19 por amostragem após anamnese (questionário de saúde) com a subsequente “quarentena” de 15 dias para os casos suspeitos; se tivesse desde o final de janeiro articulado a operação para aquisição de respiradores artificiais, máscaras e insumos para UTI; se tivesse desencadeado uma campanha nacional de esclarecimento e conscientização para o que viria, teríamos ganho ao menos 15 dias a mais para detecção do primeiro caso. Parece pouco, mas em epidemiologia, isso seria muito relevante.

Se o Ministério da Economia tivesse desde o final de janeiro estruturado com os Governadores, Prefeitos, Câmara dos Deputados e Senado Federal, credores da União, Banco Central, Sindicatos e Federações Empresariais, um Plano de Contingenciamento econômico para o que viria, teríamos a essa altura uma rede de proteção social e econômica estruturada para apoiar a população mais vulnerável e os empresários, a bolsa teria sofrido menos perdas pela demonstração, aos investidores, por parte do Brasil, de ações protetivas antecipadas, consistentes e planejadas.

Mas não, muito ao contrário. O Capitão atleta significou a Covid-19 com uma “gripezinha” e não articulou seus Ministérios para preparar a Nação para o que viria (e ainda virá). A essa altura perdemos tempo de planejar e contingenciar. Temos tempo apenas para apagar incêndios. O Brasil foi privilegiado por assistir ao desastre na Europa e não fez seu dever de casa.

Nessa semana o Imperial College divulgou um estudo assinado por 50 cientistas, liderados pelo Dr. Neil Ferguson, que demonstrou por modelos matemáticos os impactos para o mundo e para o Brasil da pandemia de Covid-19. No melhor dos cenários, com 75% dos brasileiros confinados em casa (os outros 25% mantendo os serviços essenciais funcionando), teremos 11 milhões de infectados nas próximas semanas com 44 mil mortos. No cenário de isolamento parcial (defendido por Bolsonaro e seus seguidores) teremos 120 milhões de infectados de 530 mil mortes. O pior cenário, prefiro nem falar.

Aqui faço meu terceiro alerta em 60 dias: o Brasil é sério candidato a ser o próximo epicentro da pandemia, após os EUA. A favor desse meu vaticínio – que preferiria não dar – estão alguns fatos: São Paulo, nosso atual epicentro, é uma das maiores metrópoles do mundo; possuímos péssimas condições de saneamento e habitação com um grande contingente de aglomerações humanas nas favelas de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Manaus, Brasília e Salvador; possuímos apenas 46 mil leitos de UTI distribuídos em apenas 600 cidades do país; nossa população envelheceu e se empobreceu e, mais importante que tudo isso, temos um Presidente que não governa e um governo desarticulado com os Governadores, Câmara dos Deputados, STF, com a imprensa e com boa parte da sociedade civil. Esses ingredientes nos tornam sérios candidatos a sermos a bola da vez da pandemia de Covid-19.

Bolsonaro é, também, sério candidato a genocida. Sua incompetência como Chefe do Executivo, suas declarações e posturas nessa crise, incitando e participando das manifestações de 15 de março contra as recomendações da OMS, dando declarações a favor do não isolamento social – única arma que o mundo dispõe, atualmente –,  fazendo um pronunciamento absurdamente desprovido de bom senso e bases científicas e cedendo aos empresários e líderes evangélicos inescrupulosos para retornar as atividades normais no país, se tornará no grande responsável por milhares de mortes (talvez centenas de milhares) que ocorrerão no Brasil.

O Brasil começa a assistir à escalada do número de casos sem ter, a essa altura, muito mais do que fazer senão não dar ouvidos ao Capitão atleta e manter a quarentena. Perdemos muito tempo e agora precisamos aguentar o tranco que virá. Aparentemente o colapso no sistema de saúde deverá ocorrer no final de abril desencadeando ondas sistêmicas: a primeira será a grande procura pelos sistemas de saúde que lotarão leitos e UTIs; a segunda será o aumento da mortalidade pelo fato do sistema de saúde colapsado devolver doentes de Covid-19 e de outras doenças (AVC, infarto, acidentes, etc) para suas residências e lá, sem cuidados intensivos, terão elevada probabilidade de morrerem; a terceira será o fato de que hospitais lotados de pacientes com Covid-19 terão o vírus circulando em grande quantidade e profissionais de saúde adoecerão e ficarão ‘fora de combate’ (vide exemplo do Dr. David Uip e outros).

Antes de encerrar esse artigo de más notícias gostaria ainda de dar uma última: haverá uma quarta onda sistêmica. Essa quarta onda nada mais será que o empobrecimento de quase todos. Só não estarão mais pobres os financistas de plantão pois estes estarão emprestando dinheiro para pessoas físicas, jurídicas e para o próprio governo para a conta da Covid-19. Talvez, com um governo sério e comprometido, aos financistas caberia uma boa fatia de ‘colaboração forçada’ para a crise.

O vírus foi um acidente evolutivo. Bolsonaro é um acidente de nossa democracia. O segundo, bem pior que o primeiro.

Prof. Dr. Paulo Henrique Pinheiro
Mestre e Doutor em Imunologia pela UNIFESP
Professor Associado I da UESPI

Fonte: Jornal GGN

SOBE PARA 117 O NÚMERO DE MORTES POR CORONAVÍRUS NO BRASIL




Mais três mortes são registradas por coronavírus no Brasil. As mais recentes mortes ocorreram na noite deste último sábado (28) em São Paulo (SP). Um rapaz de 26 anos estava internado no Hospital Santa Cruz desde o dia 23 de março.

Um aluno da Universidade da USP, de 56 anos, também morreu vítima do coronavírus. Com estes dois óbito, o Estado de São Paulo agora contabiliza 86 óbitos pela mesma doença.

O terceiro óbito de coronavírus ocorreu no Rio Grande do Norte. Um professor universitário de 61 anos morreu no final da noite de sábado. Este foi primeiro óbito de coronavírus no RN. Agora, o Brasil totaliza 117 mortes por coronavírus.

Fonte: Pernambuco Notícias

MPPE ALERTA PREFEITOS QUE DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS SANITÁRIAS PODE MOTIVAR INTERVENÇÃO ESTADUAL




O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, publicou neste sábado, a Recomendação PGJ n.º 16, que dispõe sobre a impossibilidade de que os gestores municipais determinem a reabertura do comércio local ou qualquer outro ato administrativo que vá de encontro à Lei Federal n.º 13.979/2020 e, por consequência, os Decretos Federal n.º 10.282/2020 e Estadual nº 48.809/2020 e suas alterações.

Caso os gestores descumpram as medidas sanitárias, principalmente as medidas de quarentena, o município poderá sofrer intervenção estadual. “Todos os entes e diversos órgãos estão ensejando tentativas de contenção da pandemia da Covid-19. E, além disso, tem chegado ao conhecimento do Ministério Público de Pernambuco que alguns prefeitos promovem movimentos de flexibilização, ou até mesmo de descumprimento, das normas restritivas emanadas das autoridades sanitárias no âmbito federal e estadual. Assim estamos expedindo essa recomendação, alertando, principalmente, sobre as penalidades que podem decorrer do descumprimento”, disse o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, no texto da recomendação.

Os promotores de Justiça de todo o Estado, principalmente aqueles que têm atuação na defesa do Patrimônio Público, por delegação da Procuradoria-Geral de Justiça, foram orientados a notificar os prefeitos em suas respectivas localidades, sobre o conteúdo da Recomendação exarada.

Além de adotar as providências necessárias para que sejam cumpridas em todos municípios do Estado as normas sanitárias federais e estaduais, promovendo, inclusive, medidas administrativas ou judiciais. O promotor de Justiça pode solicitar, inclusive, reparação dos danos materiais, caso seja criado ônus financeiro ao Sistema Único de Saúde (SUS), decorrentes do descumprimento.

A recomendação foi encaminhada aos promotores de Justiça de todo o Estado e também para a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) para que seja dada ampla divulgação aos gestores municipais. “O afrouxamento das normas de quarentena impostas pelo Estado de Pernambuco, sem qualquer estudo técnico, poderá colocar em risco o sucesso das ações de enfrentamento da pandemia, vindo a provocar não só a falência do sistema de saúde pernambucano,  como muitas vidas perdidas”, reforçou o PGJ no documento.

Fonte: Pernambuco Notícias

MOURA DESENVOLVE MÁSCARAS DE PROTEÇÃO PARA DOAR À POPULAÇÃO




O Grupo Moura anunciou que coordenará a produção local e fará a doação de 100 mil máscaras para reforçar as medidas de proteção individual para a população contra o Coronavírus (COVID-19). A fabricação tem início já nesta semana e a distribuição será realizada na sequência.

As equipes de Engenharia da Moura atuaram fortemente nos últimos cinco dias no desenvolvimento de um produto com duas camadas de tecido à base de algodão e um filtro de lã sintética, seguindo o modelo usado pela população chinesa para proteção individual.

“Ao longo desses dias pensamos em como poderíamos ajudar em um momento tão desafiador como este em que estamos vivendo. Mobilizamos toda equipe e chegamos à conclusão que tínhamos as ferramentas necessárias para produção de um protótipo de máscara em nosso laboratório. A partir disso, conseguimos avançar junto aos órgãos responsáveis e chegar em um modelo de qualidade que deverá ajudar a população nesse combate. Estamos juntos nessa luta, como empresa e como cidadãos”, afirma o Diretor de Engenharia do Grupo Moura, Antônio Júnior.

No primeiro momento de doação, as máscaras serão destinadas à população, aos colaboradores do Grupo Moura e suas respectivas famílias e aos profissionais das revendas da marca em todo País. A máscara é um reforço nas medidas de proteção individual, especialmente para pessoas que integram os grupos de risco ou aquelas que não podem estar em isolamento total neste período.

A iniciativa também ajuda a dinamizar a cadeia produtiva do Agreste pernambucano, como forma de contribuir para manutenção dos pequenos e médios negócios.
A opção por esse produto segue a orientação do Ministério da Saúde, que, nesta semana, fez um apelo à população brasileira para que não adquirissem as máscaras cirúrgicas descartáveis, já sob risco de escassez no País, pois essas devem ser totalmente destinadas aos profissionais de saúde e para utilização em ambientes hospitalares. A recomendação oficial é de que outras soluções sejam desenvolvidas, com a utilização de materiais têxteis para reforçar as medidas de proteção individual.

Importante destacar que as máscaras de tecido não são indicadas para uso hospitalar e não serão destinadas aos profissionais de saúde, nem devem ser consideradas como única barreira preventiva. Elas não dispensam as ações de limpeza frequente das mãos e cuidados para não tocar o rosto. O produto também precisa ser higienizado diariamente, utilizando produtos normais para lavagem de tecidos e água com temperatura superior a 60°C.

Fonte: Jardim Agreste