quarta-feira, 1 de julho de 2020

AULAS PRESENCIAIS EM PERNAMBUCO FICAM SUSPENSAS ATÉ 31 DE JULHO POR CAUSA DA PANDEMIA, ANUNCIA GOVERNO




O governo de Pernambuco anunciou, nesta terça (30), a prorrogação do decreto que suspende as atividades presenciais nas escolas das redes pública e privadas do estado por causa do novo coronavírus. Com isso, os alunos ficam proibidos de frequentar as instituições ensino até 31 de julho.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (30), por meio de nota enviada pela Secretaria Estadual de Educação e Esportes. Essa era justamente a data de encerramento da validade do decreto anterior. As aulas presenciais estão suspensas desde 18 de março.

Ainda de acordo com a nota da Secretaria de Educação, o “governo está trabalhando na elaboração de um plano para retomada das atividades presenciais, que inclui um protocolo com diretrizes específicas para a Educação, observando todas recomendações pedagógicas e sanitárias”.

Durante coletiva de imprensa transmitida pelas redes sociais, nesta terça, o governo informou que a secretaria deve divulgar esse cronograma de retomada de atividades presenciais, em julho.

“A Secretaria de Educação já vem, há mais de 40 dias, discutindo novos protocolos", disse o secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Alexandre Rebêlo”.

Desde o dia 6 de abril, aulas passaram a ser transmitidas pela televisão (no canal TV Pernambuco), para estudantes do ensino médio, e na internet, através da plataforma Educa-PE, para os alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.

Em maio, o governo anunciou a antecipação do recesso escolar da rede estadual de ensino devido à pandemia da Covid-19. O período do recesso começou no dia 15 e seguiu até o dia 29 de maio.

No recesso, ficaram suspensas a produção e oferta de novos conteúdos de aulas remotas, assim como outras atividades não presenciais.

Durante o período, o governo recomendou que os estudantes revisassem o que foi produzido e disponibilizado na TV e no YouTube. A disponibilização de novas aulas voltou a ocorrer a partir do dia 1º de junho, segundo a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco.
Covid-19 em Pernambuco

Pernambuco registrou, nesta terça-feira (30), 382 novos casos de Covid-19 e mais 47 mortes de pacientes com a doença causada pelo novo coronavírus. Com isso, o estado tem, ao todo, 58.858 confirmações e 4.829 óbitos contabilizados desde o começo da pandemia, em março.

Fonte: G1 Pernambuco

SESC TEM LIVE DE FAFÁ DE BELÉM, PRISCILA SENNA E MICHELLE MELO NESTE MÊS



O Festival Músicas que Alimentam do Sesc Pernambuco apresenta no mês de julho mais três atrações: Fafá de Belém e duas das maiores representantes da cena brega pernambucana: Priscila Senna e Michelle Melo. Os shows solidários serão realizados nos dias 1º, 4 e 7, respectivamente, com transmissão em plataformas digitais. Durante as lives, o público poderá fazer doações, que serão destinadas ao projeto Mesa Brasil – Banco de Alimentos do Sesc, que tem 400 entidades cadastradas em Pernambuco e beneficiam mais de 150 mil pessoas.

 

Na quarta (1º/07), às 21h, a cantora paraense Fafá de Belém faz o show “Fafá de Belém Canta para São João”. Ela vai uma visita aos diversos ritmos deste patrimônio cultural do Nordeste, com transmissão pelo canal do Sesc PE no Youtube. No repertório, grandes sucessos do forró em todo o Brasil. No sábado (04/07), às 22h, é a vez de Priscila Senna, um dos maiores nomes do brega pernambucano, que tem mais de 15 anos. A transmissão da live será exclusiva nas plataformas virtuais da cantora. No dia 9 de julho, a recifense Michelle Melo faz sua live, às 21h, no canal do Sesc PE no Youtube e nas redes sociais da cantora, considerada a rainha do brega pernambucano.

 

No mês de junho, o Festival Músicas Que Alimentam, realizado pelo Centro de Produção Cultural, Negócios e Tecnologia (CPC) de Garanhuns, promoveu outras três lives solidárias que fizeram o público arrastar o pé ao ritmo do forró. Os shows de Flávio Leandro, Maciel Melo e Convidados e do Forró das Comadres, com Irah Caldeira, Nádia Maia e Cristina Amaral, atingiram a marca de 26,6 mil visualizações no canal oficial do Sesc no Youtube. “É a prova de que o festival tem atingido o seu principal objetivo que é o de propor uma aliança entre a música, com todo seu processo de construção, e a tecnologia, que move o mundo, em uma grande corrente do bem”, ressalta Isolda Braga, gerente regional do Banco de Alimentos.

 

Sesc – O Serviço Social do Comércio, seguindo as orientações de isolamento social determinadas pelo Governo de Pernambuco, em razão da pandemia do novo coronavírus, está realizando seus trabalhos em regime home office. Ações das cinco áreas fins da instituição (Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde) estão sendo realizadas com o auxílio de plataformas digitais, que contribuem para que a interação não seja interrompida. Aulas gratuitas de Pré-Enem e cultura, além do conteúdo da Educação Infantil e Ensino Fundamental estão sendo transmitidos à distância, assim como dicas de leitura, atividades físicas, brincadeiras e jogos. Profissionais da saúde estão repassando informações educativas de prevenção e combate ao Covid-19 para o público infantil, jovem, adulto e idoso. Ao mesmo tempo, o Banco de Alimentos da instituição está em campanha, em todo o estado, para arrecadar cestas básicas, alimentos não-perecíveis e produtos de limpeza e itens de higiene. Para conhecer mais sobre o Sesc e saber de novas decisões e determinações neste período de quarentena, acesse www.sescpe.org.br.

 

Serviço: Festival Músicas que Alimentam

Datas: 4 e 9 de julho

 

Programação:

1º/07 (quarta), às 21h – Fafá de Belém Canta para São João

04/07 (sábado), às 22h – Priscila Senna

09/07 (quinta), às 21h – Michelle Melo

 

Informações: https://www.sescpe.org.br/

Doações: por meio do QR Code fixo na tela ou pelo telefone (81) 99166-2035


31 ÓBITOS E 445 CASOS DE CORONAVÍRUS EM GARANHUNS




A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que foi confirmado um óbito por Covid-19, nesta terça-feira (30), em Garanhuns. Trata-se de um homem, de 54 anos, morador do bairro Santo Antônio, que já havia sido diagnosticado com a doença, e veio a óbito ontem (29), em hospital da rede pública do Recife.

Também foram confirmados 20 casos de Covid-19 no município. As pessoas que testaram positivo para doença estão em fase de isolamento/tratamento, e permanecem sob o monitoramento da equipe da Secretaria de Saúde.

Mais 14 pessoas estão recuperadas, após cumprir o período de isolamento/tratamento, e não apresentar mais sintomas da doença. Outros 11 casos foram descartados, após resultado de testagem laboratorial. Ao todo, já foram realizados 308 testes pela rede municipal.

Quatro pessoas estão internadas na Unidade de Tratamento Covid-19. Deste total, duas pessoas testaram positivo para o novo coronavírus, e duas negativo.

Ao todo, já foram confirmados 445 casos de Covid-19 em Garanhuns. Deste total 31 pessoas vieram a óbito, 289 estão recuperadas após cumprir o período de isolamento domiciliar e não apresentar mais sintomas; e 125 pessoas que foram confirmadas com Covid-19 estão em fase de tratamento e/ou isolamento. Ao todo, 419 casos já foram descartados, após serem submetidos ao exame e obtiverem resultado negativo.

A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população permaneça em casa! Se for necessário sair, faça o uso de máscara, lembrando também dos cuidados com a higiene. Todos aqueles que não estão envolvidos com os serviços essenciais devem cumprir as medidas de distanciamento social, de acordo com as orientações das autoridades sanitárias.

Fonte: Secom

terça-feira, 30 de junho de 2020

A TEORIA DA PRÁTICA NA REINVENÇÃO DO JORNALISMO, POR CARLOS CASTILHO




A Teoria da Prática aplicada ao jornalismo ganhou um novo impulso depois do surgimento da pandemia do Coronavirus, quando ficou claro que a atividade informativa precisaria acelerar o abandono de paradigmas convencionais para poder atender às novas demandas informativas criadas pela Covid -19 em todo o mundo.

Na definição da pesquisadora finlandesa Laura Ahva, a Teoria da Pratica é o conjunto de representações identificáveis, padronizáveis e personificáveis compostas por seres móveis, objetos manuseáveis, processos capazes de serem descritos e ambientes que podem ser entendidos. Numa definição mais simples, é uma forma de entender uma realidade desconhecida a partir da observação, codificação e categorização de dados, fatos e eventos registráveis num ambiente determinado.

O sociólogo inglês Nick Couldry defende a Teoria da Prática como um paradigma preocupado com a forma, objetivos e valores adotados pelas pessoas na relação com a mídia e menos com textos, imagens, declarações e instituições jornalísticas. “O que as pessoas estão fazendo em relação à mídia num amplo espectro de situações e contextos?”, afirma no texto Theorizing Media as Practice (2004).

Até agora a maioria dos estudos sobre jornalismo se preocupava mais em analisar a realidade a partir de textos e documentos, centrados nas redações e nos negócios jornalísticos do que na realidade exterior a estes dois ambientes. O objetivo era achar soluções para problemas da profissão e das empresas mais do que identificar mudanças nos comportamentos, necessidades e aspirações dos indivíduos que compõem a audiência dos veículos de comunicação jornalística.

A prática como aventura teórica

A mais recente pandemia na longa sequência de mortandades a atingir a humanidade deflagrou uma serie de mudanças no modo de viver das pessoas, como é o caso do distanciamento social em plena era das aglomerações globalizadas. Como nas pandemias anteriores, a inexistência de vacinas e remédios transformou a informação no único antídoto eficaz para combater a contaminação generalizada.

As mudanças provocadas pela Covid-19 tornaram ainda mais intenso o processo transformador deflagrado pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), já no final do século passado. Isto acabou mostrando também a urgência do jornalismo encontrar um novo marco teórico capaz de orientar sua adequação à nova realidade informativa, marcada pelo esgotamento do modelo comercial na imprensa.

Em seu trabalho pioneiro na Universidade Tampere de Ciências Aplicadas, Finlândia, Laura Ahva, entende a Teoria da Prática como um ponto de partida para a reinvenção do jornalismo com base na observação da prática em realidades especificas através de uma integração estreita com outras disciplinas, em especial etnografia e antropologia.

Para Nick Couldry, a Teoria da Prática tem a vantagem de ver o jornalismo da era digital como uma área desconhecida que é necessário explorar ao identificar seus componentes, origens, dinâmica e condicionantes. Ele recorre a princípios já desenvolvidos na etnografia e antropologia no sentido de rejeitar ideias pré-existentes para valorizar os dados, fatos, processos e eventos identificados através da observação distante ou participante.

As observações de Couldry fazem sentido porque o fato concreto é o de que o jornalismo, de maneira geral, entrou na era digital com base no erro e acerto, na falta de paradigmas previamente testados. São uma prova disto o alto índice de mortalidade das chamadas “start ups” e o elevado índice de fracasso de projetos lançados por empresas como a Google.

O fato do jornalismo contemporâneo defrontar-se com uma realidade digital ainda desconhecida pela maioria dos profissionais confere à atividade características de mutabilidade e liquidez que apenas confirmam a necessidade de buscar novos paradigmas teóricos para orientar a pesquisa da realidade.

Uma “feira de teorias”

Na verdade a Teoria da Prática é uma família de teorias, ou na definição de Ahva, uma “feira de teorias” (trading zone) , uma espécie de ponto de encontro de várias propostas. Esta “família de teorias” é uma consequência direta do aumento da multi e interdisciplinaridade na investigação jornalística. Uma simples reportagem sobre um crime gera hoje um conjunto de abordagens etnográficas, antropológicas, psicológicas, sociológicas, jurídicas e econômicas, só para citar algumas áreas de conhecimento que integram o contexto do evento. O conjunto destas abordagens permite uma maior aproximação à essência do fato a ser noticiado. É esta interdisciplinaridade que está no coração da Teoria da Prática.

Outra característica marcante da “feira de teorias” é sua escalabilidade, ou seja, capacidade de utilização tanto no nível macro como no micro, e suas gradações intermediarias. A Teoria da Pratica pode servir de guia tanto para a pesquisa hiperlocal visando um sistema de informação num bairro ou rua, como na busca de paradigmas nacionais ou internacionais. Um paradigma teórico hiperlocal é um dado básico de realidade num contexto regional ou nacional.

Para se adequar à nova realidade informativa pós pandemia, a Teoria da Prática propõe que o jornalismo examine a prática de um ambiente específico tentando identificar os elementos que direcionam, inter-relacionam, condicionam e explicam ações de atores envolvidos no fato, dado, processo ou evento em observação. Neste ponto, a Teoria da Prática se inspira nos trabalhos de Bruno Latour, da mesma forma que a identificação das estruturas onde se desenvolve a pesquisa jornalística se apoia nas ideias de Antony Giddens, e o estudo do ambiente humano usa a obra de Pierre Bourdieu.

Carlos Castilho – Pesquisador do objETHOS e colaborador do Observatório da Imprensa

Referências

COULDRY, Nick. Theorizing Media as Practice. Social Semiotics, vol. 14, numero 2, pag 115-132. DOI : 10.1080/1035033042000238295. 2004

AHVA, Laura. Practice Theory for Journalism Studies. Journalism Studies, DOI : 10.1080./1461670X.2016.1139464. 2016

Fonte: Jornal GGN