quinta-feira, 18 de junho de 2020

PERNAMBUCO REGISTRA MAIS 1.180 CASOS DE COVID-19 EM 24 HORAS




Voltou a subir o número de casos confirmados de COVID-19. Os dados foram divulgados no final da manhã desta quinta-feira (18). Em 24 horas ocorreram mais 1.180 registros de infecção pelo novo coronavírus.

Do total de casos confirmados, 1.028 foram considerados leves (87%), enquanto outros 152 casos se enquadraram em casos graves (13%). Com as novas ocorrências, Pernambuco eleva para 48.626 casos confirmados de COVID-19 desde o início da pandemia.

Também foram registrados 48 novos óbitos de pacientes que estavam com COVID-19. Agora, o total de óbitos subiu para 4.057.

Fonte: Pernambuco Notícias

INCÊNDIO DE GRANDES PROPORÇÕES ATINGE LOJA E HOTEL EM GARANHUNS




Um incêndio de grandes proporções foi registrado na tarde desta última quarta-feira (17) no bairro Heliópolis em Garanhuns, agreste pernambucano. Segundo informações uma pane elétrica acabou queimando uma estrutura de lona e se alastrou para o setor de estoque de uma loja especializada em sistema de som.

O Corpo de Bombeiros esteve no local e conteve a chamas após quase seis horas de intenso trabalho. Equipes da CELPE, Guarda Municipal e Polícia Rodoviária Federal (PRF) estiveram no local e deram assistência.

Alguns prédios próximos foram esvaziados mediante ordem da Defesa Civil por conta dos danos na estrutura vizinha. O IC esteve no local e registrou a ocorrência com a Polícia Civil. Não há registro de vítimas.

Fonte: Pernambuco Notícias

SOBE PARA 328 CASOS DE CORONAVÍRUS EM GARANHUNS




A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que nesta quarta-feira (17), foram confirmados dois casos para Covid-19 no município. As pessoas que testaram positivo para Covid-19 estão em fase de isolamento/tratamento, e permanecem sob o monitoramento da equipe da Secretaria de Saúde.

Mais quatro pessoas estão recuperadas, após cumprir o período de isolamento/tratamento, e não apresentar mais sintomas da doença. Outros 11 casos foram descartados, após resultado de testagem laboratorial. Ao todo, já foram realizados 147 testes pela rede municipal.

Atualmente Garanhuns tem 328 casos confirmados de Covid-19. Deste total 22 pessoas vieram a óbito, 237 estão recuperadas após cumprir o período de isolamento domiciliar e não apresentar mais sintomas; e 69 pessoas que foram confirmadas com Covid-19 estão em fase de tratamento e/ou isolamento. Ao todo, 334 casos já foram descartados, após serem submetidos ao exame e obtiverem resultado negativo.

A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população permaneça em casa! Se for necessário sair, faça o uso de máscara, lembrando também dos cuidados com a higiene. Todos aqueles que não estão envolvidos com os serviços essenciais devem cumprir as medidas de distanciamento social, de acordo com as orientações das autoridades sanitárias.

Fonte: Secom

quarta-feira, 17 de junho de 2020

POR UMA CULTURA DE SEGURANÇA DIGITAL PARA JORNALISTAS, POR RICARDO JOSÉ TORRES




Em 11 de maio de 2020 defendi minha tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (PPGJOR). Nesse comentário abordo brevemente alguns aspectos do trabalho que desenvolvi ao longo dos últimos quatro anos. Os resultados alcançados corroboram com a hipótese de que no contexto atual, de vigilância comunicacional em meios digitais, jornalistas investigativos precisam ter um senso permanente de sua vulnerabilidade e devem adotar medidas de segurança digital.

Em um contexto nocivo para a prática jornalística, os profissionais que desenvolvem investigações sobre temas sensíveis enfrentam possibilidades de intervenção relacionadas à vigilância das comunicações, interceptação e armazenamento de dados pessoais, e a intrusão em ações jornalísticas no ecossistema digital. Para identificar potencialidades e vulnerabilidades desse ecossistema examinei ações que envolvem o jornalismo investigativo, identifiquei casos concretos e ações jornalísticas relacionadas às diferentes formas de vigilância digital, entrevistei jornalistas e apliquei questionários.

A pesquisa aborda ações que estão sendo desenvolvidas, assim como lacunas e problemáticas que envolvem a vigilância digital, o vazamento de dados e o acesso às novas fontes de informação no ambiente digital. São identificadas práticas jornalísticas relevantes em matéria de vigilância das comunicações, aspectos negligenciados pelos jornalistas, ferramentas e condutas para minimização da intrusão comunicacional, e apresentadas inúmeras percepções e experiências que demonstram a relevância do tema e a necessidade de uma cultura de segurança digital para jornalistas a partir de medidas de contravigilância.

Ao explorar as particularidades da relação entre o jornalismo e a vigilância, emergem os elementos de tensão entre o papel de vigilante dos jornalistas na sociedade e o fato de estarem sendo vigiados. Para tratar disso desenvolvi a noção de “jornalismo vigilante”, que evidencia as características particulares da atuação dos profissionais diante da vigilância massiva dos meios digitais por governos e corporações. Também formulei uma equação simplificada para situações de exposição e vulnerabilidade iminentes que envolve três elementos (riscos digitais = ameaças digitais x vulnerabilidades digitais/capacidades digitais).

A partir de quatro etapas distintas que, em síntese, contemplaram o desenvolvimento de uma pesquisa exploratória e revisão bibliográfica, verificação de registros indicados em relatórios de agressões e ataques a jornalistas, entrevistas em profundidade com seis profissionais e aplicação de uma survey que contou com a participação de mais de 70 jornalistas, o estudo demonstra mudanças na investigação jornalística no ambiente digital e a necessidade de apropriação de novos métodos.

Dentre as inúmeras vulnerabilidades apontadas, destacam-se o desconhecimento sobre as possibilidades de vigilância, a desinformação sobre as formas de mitigação de riscos, a exposição digital voluntária e involuntária dos profissionais e de suas investigações. As potencialidades evidenciadas foram: as possibilidades de compartilhamento de informações e colaboração, a facilidade de acesso a distintas formas de comunicação digital e a disponibilização de bancos de dados que subsidiam a apuração.

A percepção dos jornalistas vigilantes

Ao mesmo tempo em que os profissionais percebem que os seus dados estão expostos, eles destacam a necessidade essencial de preservar essas informações, suas comunicações e fontes. A maioria dos participantes da pesquisa expressou preocupação com a possibilidade de vigilância das comunicações digitais. Como aponto no estudo, essa percepção pode se desdobrar em formas de cerceamento e constrangimento com consequências significativas nas abordagens e na revelação de informações de interesse público.

As formas de vigilância onipresentes geram consequências políticas que podem ter grande alcance e impacto. A vigilância digital não é um fator remoto, mas uma realidade que afeta diretamente o trabalho de jornalistas, particularmente os que abordam temas sensíveis. Ao mesmo tempo, as comunicações e ferramentas digitais são cada vez mais importantes para a apuração jornalística e a segurança digital se apresenta como uma necessidade urgente e crucial.

A pesquisa demonstra uma paisagem crítica para atuação dos jornalistas e aborda problemáticas como a “vigilância digital odienta”, que trata das ameaças e constrangimentos que emergem das possibilidades comunicacionais e interativas disponibilizadas pelo ambiente digital demonstrando que essa prática afeta os jornalistas e consequentemente o trabalho que desenvolvem. Desdobramentos danosos e consequências nocivas desses episódios estão sendo desconsiderados ou precariamente delineados. Atualmente, essa modalidade de ataque pode ser considerada uma forma de limitação e controle da atividade jornalística.

Destaca-se o alto índice de desconhecimento das possibilidades de mitigação de riscos digitais apontado na pesquisa. Esse fator demonstra a necessidade de disseminação dos recursos oferecidos por esse tipo de capacidade para atuação em ambientes digitais nocivos. Abordagens e técnicas para proteção e mitigação da vigilância digital apresentam-se como uma necessidade. Os resultados alcançados apontam que a falta de acesso às informações e aos conhecimentos relacionados aos riscos e às possibilidades digitais é a principal vulnerabilidade enfrentada pelos jornalistas na atualidade.

Em breve a tese estará disponível aqui no site do objETHOS e no repositório da Biblioteca Universitária da UFSC.

Ricardo José Torres – Doutor em Jornalismo pelo PPGJOR e pesquisador do objetos

Fonte: Jornal GGN