segunda-feira, 27 de abril de 2020

COM MAIS 391 CASOS DA COVID-19 E 34 MORTES, PERNAMBUCO CHEGA A 4.898 CONFIRMAÇÕES E 415 ÓBITOS




Pernambuco confirmou, neste domingo (26), 391 novos casos da doença Covid-19, causada pelo novo coronavírus, e mais 34 mortes. Com isso, o estado passa a ter 4.898 casos confirmados e 415 óbitos causados pela doença.

Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). O boletim destacou que, dos 391 novos casos, 169 se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), ou seja, são casos considerados mais graves ou em que as pessoas precisaram ser internadas. Outros 222 casos foram classificados como leves.

Dos 4.898 casos, 3.485 são graves e 1.413 casos leves. Do total de casos graves, 1.864 pacientes estão em isolamento domiciliar e outras 790 pessoas estão internadas, sendo 192 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 598 em leitos de enfermaria. O boletim do domingo (26) também aponta que há 416 pessoas curadas da Covid-19.

Fonte: G1 PE

ARCOVERDE REGISTRA QUARTA MORTE POR CORONAVÍRUS; MUNICÍPIO TEM 12 CASOS CONFIRMADOS



Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, registrou a quarta morte por coronavírus. O caso ocorreu no domingo (26), conforme informou a prefeitura. Também de acordo com a gestão municipal, há sete casos suspeitos, dois recuperados e 27 descartados.

Segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Arcoverde tem 12 casos da Covid-19 confirmados - a prefeitura contabiliza 17.

Nas barreiras sanitárias localizadas nas entradas do município, foram abordados 860 carros. Na ocasião, estão sendo reforçadas as instruções em relação à obrigatoriedade do uso de máscaras e aferição da temperatura.

A Fundação Terra lançou um plano emergencial para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade social em Arcoverde. Ao todo cerca de 6,3 mil famílias em situação de risco serão beneficiadas, por mês, com esse plano emergencial durante a pandemia. 

Fonte: G1 Caruaru

COM 3 CASOS DE COVID-19 CONFIRMADOS, SÃO BENTO DO UNA JÁ TEM DOIS LEITOS OCUPADOS




O município de São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco, foi um dos primeiros a se preparar para enfrentar a pandemia do COVID-19, a prefeitura, através da secretaria de saúde divulgou mais um boletim sobre o novo coronavírus.

3 casos já foram confirmados com dois recuperados e 9 esperam resultados, 10 casos já foram descartados através de exame. O número de pacientes monitorados em anzolamento familiar com síndrome gripal são 77 no total, no entanto 73 já tiveram o seu processo concluído. Não houve registro de óbitos por covid.

A novidade no boletim é que dois leitos foram ocupados com pacientes com síndrome gripal grave, o município possui 22 leitos no total.

A prefeitura reforça a importância do anzolamento social para que seja contida de fato a propagação do novo coronavírus e que se tiver de sair, as pessoas possam usar mascará que já é obrigatória de acordo com decreto estadual. Muitas pessoas já estão comercializando as marcaras feitas por costureiras de material mais resistente e que pode ser lavadas e reutilizadas, os preços e modelos variam.

A prefeita Débora Almeida (PSB) estará realizando mais uma Coletiva de Imprensa nesta segunda (27) às 18h com transmissão pelas redes sociais da prefeitura, além da TV SBUNA, TV Diário, Jardim do Agreste e São Bento FM.
São Bento do Una: Ações em combate ao Covid-19:

Sinalização do hospital para casos suspeitos;

Barreiras Sanitárias;
Higienização das ruas;
Defesa Civil nas orientações para o fechamento;
Apoio e momentos para os colaboradores que estão a frente;
Campanhas educativas nas redes sociais e internet;
Parcerias com programas de rádios;
Vídeos com profissionais nas orientações;
Atualização com boletim diário;
Cadastro e entrega de cestas básicas;
Aquisição de equipamentos para o hospital;
“É de Casa delivery”;
Cadastro de currículo de profissionais para possível contratação;
Contatos para denúncias;
Canal de dúvidas;
Suspensão das aulas, comércio e outros;
Campanha de Arrecadação de Alimentos;
Vacinação da gripe nas residências;
Apreensão dos cachorros nas ruas;
Treinamento diários para os profissionais de saúde;
Drive thru para vacinação contra a gripe.
TV SBUNA

Fonte: Jardim do Agreste

domingo, 26 de abril de 2020

A PISTOLAGEM DE UM EX-JUIZ NA TERRA DO NECROJORNALISMO, POR GUSTAVO CONDE




O risco como sempre é o nosso necrojornalismo. Ele tem a tendência estrutural irresistível de fomentar a manutenção de governos de extrema-direita.
Hoje, eles já ameaçam ‘esquecer’ a demissão de Moro para voltar a dar sustentação ao governo Bolsonaro.

Era esperado, sem dúvida.

No entanto, o cenário, desta vez, é levemente diferente.

A saída de Sergio Moro desobriga a Rede Globo na arte de fomentar a manutenção da tutela por Bolsonaro.

Moro é o princípio de tudo. Como diz Lula, não é Moro que é filho de Bolsonaro, mas Bolsonaro que é filho de Moro.

E a perda do ‘pai’ costuma causar danos, ainda que seja o destino mais previsível de toda a nossa experiência simbólica – que também é política.
Bolsonaro está órfão.

Por outro lado, os militares já o rejeitaram uma vez e não terão problemas em rejeitar outra.

O discurso já está até pronto: ‘a gente tentou protegê-lo, mas ele não seguiu nossas orientações’.

O que iremos testemunhar agora no horizonte sempre sombrio de nosso necrojornalismo é um movimento de calmaria, atravessado pela ferida da ‘perda’ do filho pródigo – porque esta imprensa venal e oportunista também perdeu o seu juiz favorito, outrora confortavelmente instalado nas fendas do poder.

Globo, a mãe de Sergio Moro – e portanto, avó de Bolsonaro (desculpem, não resisti) -, terá de proteger seu rebento mimado, agora que ele perdeu a cobertura estatal.

E, para proteger Moro, ela terá obrigatoriamente de atacar Bolsonaro.

É um dilema. A pobre emissora está na posição desagradável de mais uma vez ter de tomar o protagonismo dos rumos políticos do país.

Não sejamos hipócritas: impeachment, neste país, só acontece com a autorização editorial expressa da Rede Globo.

Estamos, pois, diante de um cenário ainda bastante complexo, mas com dois elementos de distensão: a saída de Moro liberou a Globo para agir novamente.

Moro libertou a Globo.

Resta combinar com os russos, na roleta-russa de seis balas que é o Brasil pandêmico.

Tudo, a rigor, desmorona: acordo Boeing-Embraer, projeto neoliberal de Guedes, expectativa de retomada econômica, discurso anticorrupção, privatização da Petrobras e sintagmas afins.

O Brasil é um território de guerra devastado, destruído pela Lava Jato e pelo necrojornalismo.

O sistema – que ‘pensa’ e ‘opera’ acima do impressionismo editorial das mídias corporativas – vai ‘buscar’ a reorganização diante desta catástrofe.
A decisão editorial da Globo em derrubar Bolsonaro, portanto, também não é oriunda de um ‘livre-arbítrio editorial’ forjado em reuniões de executivos com os filhos de Roberto Marinho.

Todos eles trafegam tão à deriva quanto os próprios pais e o empresariado subdesenvolvido brasileiro.

Em português corrente: a decisão de derrubar Bolsonaro será ‘sistêmica’, não subjetiva.

E esse cenário já apareceu, com o golpe de misericórdia de Moro, o pai – também sistêmico – da destruição generalizada do país.

Portanto, haverá duas pressões em curso: a tendência à ‘normalização’, calcada em pressupostos tão erráticos quanto temerários dos ‘gênios’ da comunicação política infiltrados na imprensa, e a tendência à ‘explosão’ (ao fim do ciclo Bolsonaro), regida por forças que extrapolam o desejo e a estratégia.

É a luta pela sobrevivência política desesperada versus a História.
Em tempos de pandemia, em que um vírus dá uma surra diária em nosso paradigma anticivilizatório de turno, não fica muito difícil supor quem logrará êxito.

Fonte: Jornal GGN