terça-feira, 7 de julho de 2020

PREFEITURA DE GARANHUNS REALIZA TESTES RÁPIDOS EM TRABALHADORES DE SERVIÇOS ESSENCIAIS




A Secretaria de Saúde de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, está realizando ações de ampliação dos testes para detecção da Covid-19 em trabalhadores de atividades essenciais. Já foram realizados 292 testes rápidos com os servidores das Secretarias de Saúde e Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH).

A ação será expandida para garantir a testagem em outros grupos de profissionais do município. A ampliação da capacidade de testes tem o intuito de proporcionar um mapeamento preciso dos infectados com a Covid-19, para que seja realizado o monitoramento e encaminhamento dos casos positivos.

O prefeito Izaías Régis destacou a importância do trabalho para que haja um mapeamento do cenário epidemiológico em Garanhuns. “Estamos priorizando os profissionais que estão mais expostos aos riscos de contágio pela Covid-19. Com esta iniciativa podemos monitorar os casos positivos e dar continuidade aos serviços essenciais com maior tranquilidade”, pontuou.

As ações de testagem tiveram início na última semana, com mais de 93 testes rápidos voltados para taxistas de Garanhuns. O processo possibilita que os resultados sejam obtidos em até 15 minutos. As próximas etapas acontecem nesta segunda-feira (6), com os profissionais do Conselho Tutelar e na quarta-feira (8), com os agentes de combate às endemias (ACE’s) e demais servidores do Centro de Controle Ambiental (CCA).

Fonte: G1 Caruaru

SOBE PARA 498 CASOS DE CORONAVÍRUS EM GARANHUNS




A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que nesta segunda-feira (06), foram confirmados dois casos de Covid-19 no município. As pessoas que testaram positivo para doença estão em fase de isolamento/tratamento, e permanecem sob o monitoramento da equipe da Secretaria de Saúde.

Mais dez pessoas estão recuperadas, após cumprir o período de isolamento/tratamento, e não apresentar mais sintomas da doença. Outros três casos foram descartados, após resultado de testes rápidos realizados pelo município e em laboratórios privados. Ao todo, já foram realizados 545 testes pela rede municipal.

Três pacientes estão internados na Unidade de Tratamento Covid-19. Dois deles testaram positivo para o novo coronavírus, e um negativo.

Ao todo, já foram confirmados 498 casos de Covid-19 em Garanhuns. Deste total 31 pessoas vieram a óbito, 310 estão recuperadas após cumprir o período de isolamento domiciliar e não apresentar mais sintomas; e 157 pessoas que foram confirmadas com Covid-19 estão em fase de tratamento e/ou isolamento. Ao todo, 708 casos já foram descartados, após serem submetidos ao exame e obtiverem resultado negativo.

A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população permaneça em casa! Se for necessário sair, faça o uso de máscara, lembrando também dos cuidados com a higiene. Todos aqueles que não estão envolvidos com os serviços essenciais devem cumprir as medidas de distanciamento social, de acordo com as orientações das autoridades sanitárias.

Fonte: Secom

segunda-feira, 6 de julho de 2020

PARA GINZBURG, BOLSONARO ENVERGONHA PAÍS COMO BERLUSCONI




A vergonha se tornou um vínculo social e político que apresenta mais força do que o amor nas relações entre os cidadãos e os países, o que é agravado diante de governos como os de Silvio Berlusconi na Itália e Jair Bolsonaro no Brasil, ou mesmo com a crise decorrente da pandemia do novo coronavírus.

A afirmação é do historiador italiano Carlo Ginzburg , em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo, onde discorre sobre o ensaio “Vínculo da Vergonha”, publicado há 10 anos e que integra a nova edição da revista Serrote, que será lançada nesta segunda-feira (06/07) com download gratuito.

“Há muitos anos, percebi de repente que o país a que pertencemos não é, como quer a retórica mais corrente, o país que amamos, e sim aquele do qual nos envergonhamos. A vergonha pode ser um vínculo mais forte que o amor”, escreve Ginzburg no início do ensaio.

“Pela primeira vez na história, grande parte do gênero humano é capaz de acompanhar a propagação de uma pandemia em escala mundial em um tempo quase real — e de ser exposta à manipulação em larga escala dos dados espalhados pela maioria dos governos”, diz o historiador. “Tudo isso provavelmente está gerando um sentimento de proximidade sem precedentes e enganosa. Observar a pandemia de uma distância crítica será uma conquista difícil”.

Fonte: Jornal GGN

COMPROMISSO COM LAVA JATO DÁ CURTO-CIRCUITO NA MÍDIA, POR RICARDO AMARAL E JOSÉ CHRISPINIANO




Raros textos são tão reveladores da má consciência da mídia sobre seu papel na farsa jurídica da Lava Jato quanto o artigo de Eliane Cantanhêde (“Nem heróis nem vilões”) no Estadão deste domingo. Em busca de uma imparcialidade tardia, o texto reflete o dilema atual do jornalismo brasileiro: como descartar, sem maior prejuízo de credibilidade, os “heróis” que ela criou ao longo de uma cobertura parcial e politicamente direcionada. E como dar essa guinada sem fazer justiça ao “vilão” Luiz Inácio Lula da Silva.

O artigo concede que José Genoíno foi condenado no mensalão “talvez exageradamente” e admite que haveria “alguns excessos” na sentença do tríplex contra Lula. Mas abordar dois notórios erros judiciais com a naturalidade de um passeio pelo jardim não é exatamente uma correção de rumo. É seguir sancionando a instrumentalização do Judiciário e do Ministério Público como arma de disputa política, como fez nossa imprensa com a Lava Jato do começo ao fim, que agora parece necessário e inexorável.

A cobertura da Lava Jato entrou em curto-circuito junto com a operação em si porque nem uma nem outra se sustentam em fatos e provas, mas na simbiose típica dos julgamentos midiáticos. Nesta semana em que se comprovou a relação indecente e ilegal da força-tarefa com o FBI, Deltan Dallagnol ganhou mais tempo para se defender no Jornal Nacional que os advogados de Lula ao longo de cinco anos. Não custa lembrar: de janeiro a agosto de 2016, o JN somou 13 horas de noticiário negativo contra Lula, preparando a denúncia do powerpoint que hoje se volta contra Dallangnol.

O tratamento editorial abusivamente desequilibrado da Globo ditou a cobertura da mídia e de seus colunistas, que hoje se agarram nas “provas robustas”, jamais exibidas, do caso Atibaia. Da mesma forma que na desmoralizada ação do tríplex, também neste processo Lula foi condenado por “atos indeterminados”. E a prova mais “robusta” dos fatos é um laudo técnico, ignorado por Sergio Moro e censurado pela Globo, mostrando que foi depositada para um executivo da Odebrecht, e não para “obras no sítio”, a tal transferência de R$ 700 mil incluída na sentença.

O reconhecimento da farsa judicial contra Lula não é, portanto, uma questão de “simpatia” pelo ex-presidente ou pelo PT, por parte de um procurador-geral indicado por Jair Bolsonaro, muito menos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, como propõe o artigo. É uma imposição de justiça, diante da qual autores e cúmplices não imaginavam ter de prestar contas tão cedo. Uma questão objetiva, a ser examinada à luz da lei por instituições que, por definição, têm de preservá-la e preservar-se acima de circunstâncias políticas.

É tão fácil quanto fútil afirmar que o PT, Lula ou quem quer que seja “demoniza” a Lava Jato, sem enfrentar objetivamente a suspeição de Moro e a dos procuradores, como sustenta a defesa do ex-presidente em dois pedidos de habeas corpus que tramitam no STF. Ninguém foi mais demonizado neste país do que Lula, seu partido e sua família, por uma imprensa que erigiu falsos heróis e agora se vê na contingência de descartá-los, como fez com Aécio Neves e Eduardo Cunha quando perderam utilidade.

O dilema da mídia – e dos interesses que vocaliza – é lançar fora o veneno da Lava Jato preservando seu principal efeito, que foi a proscrição política de Lula. E, se possível, reconstruir o mito Sergio Moro, o que exige falsificar duas vezes a história. 
Em primeiro lugar, a Lava Jato não combateu a impunidade: negociou-a no balcão das delações que premiaram 99% dos acusados. E foi com a cobertura da mídia que Sergio Moro “fez a diferença”, demonizou Lula, o PT e a própria política, abrindo o caminho para Jair Bolsonaro, o filho que agora rejeitam.

(*) Ricardo Amaral e José Chrispiniano são jornalistas, assessores do PT e do ex-presidente Lula.

Fonte: Jornal GGN