quarta-feira, 17 de junho de 2020

IDOSO REAGE ASSALTO E ACABA MORTO A TIROS; UM SUSPEITO FOI PRESO EM FLAGRANTE EM JUPI




Um idoso de 74 anos foi assassinado durante assalto registrado nesta última terça-feira (16) na cidade de Jupi, agreste pernambucano. A Polícia conseguiu prender um dos envolvidos no crime.

Por volta das 2h30 a PM foi ao local da ocorrência e tomou conhecimento que a vítima havia sido socorrida para o Hospital local, no entanto acabou morrendo. O idoso estava bebendo quando dois homens invadiram o imóvel e anunciaram assalto. A vítima teria tentado tomar a arma do criminoso quando foi atingido com disparos de arma de fogo.

A PM realizou rondas nas imediações e avisou um rapaz de 29 anos, identificado como Edmilson José da Silva. No bolso do suspeito a polícia encontrou duas munições e no quintal da casa onde mora a arma escondida. O suspeito foi encaminhado a DEPOL local onde foi qualificado em flagrante por crime de latrocínio, roubo seguido de morte.

Fonte: Pernambuco Notícias

SIVALDO ALBINO OUVE SETORES DA SOCIEDADE PARA IMPULSIONAR GARANHUNS NO PÓS-PANDEMIA




O deputado estadual Sivaldo Albino (PSB), líder da legenda socialista na Assembleia Legislativa, tem demonstrado preocupação com o retorno à normalidade dos segmentos econômicos de Garanhuns. O deputado inicia uma série de conversas com lideranças e instituições para colher dados e sugestões que ajudem o município neste momento que precisa impulsionar a economia, inclusive regional.

“Vamos conversar com a CDL, representantes dos colégios, universidades, setores produtivos da indústria e de serviços, como o Polo Médico, produtores rurais, comerciantes informais, feirantes, entre outros. Destes diálogos podemos entender cada setor e como podemos projetar um retorno às atividades sob as regras determinadas por governos e instituições de saúde, mas que privilegie a volta do desenvolvimento municipal. É hora de trabalhar.” – Afirma Albino.

O deputado tem sido elogiado por sua atuação nos últimos meses em defesa do município. “Consegui, junto ao Governo do Estado, leitos de enfermaria e UTI para o Hospital Dom Moura, UPAE e Hospital Nsa. Sra. Perpétuo Socorro, mais de 200 profissionais de saúde contratados, uma UTI móvel, emenda de nosso gabinete no total R$ 568 mil e outra emenda de R$ 370 mil do deputado João Campos (PSB), ambas para o Hospital Dom Moura, e ainda R$ 60 mil para cestas básicas, entre outras ações. Foram estas ações, da nossa parceria com o governador Paulo Câmara, que permitiram Garanhuns vencer este período crítico. Vamos continuar trabalhando. ” – Afirma o deputado, que conclui: “Embora o momento ainda seja de enfrentamento ao Covid-19, precisamos planejar ações que impulsionem Garanhuns na reabertura económica, e isto só se faz ouvindo e unindo todos neste novo desafio” – Finaliza.

Fonte: Ronaldo Cesar

SOBE PARA 326 CASOS DE CORONAVÍRUS EM GARANHUNS


A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que nesta terça-feira (16), foram confirmados cinco casos para Covid-19 no município. As pessoas que testaram positivo para Covid-19 estão em fase de isolamento/tratamento, e permanecem sob o monitoramento da equipe da Secretaria de Saúde.

Mais 17 pessoas estão recuperadas, após cumprir o período de isolamento/tratamento, e não apresentar mais sintomas da doença. Outros quatro casos foram descartados, após resultado de testagem laboratorial. Ao todo, já foram realizados 139 testes pela rede municipal.

Atualmente Garanhuns tem 326 casos confirmados de Covid-19. Deste total 22 pessoas vieram a óbito, 233 estão recuperadas após cumprir o período de isolamento domiciliar e não apresentar mais sintomas; e 71 pessoas que foram confirmadas com Covid-19 estão em fase de tratamento e/ou isolamento. Ao todo, 323 casos já foram descartados, após serem submetidos ao exame e obtiverem resultado negativo.

A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população permaneça em casa! Se for necessário sair, faça o uso de máscara, lembrando também dos cuidados com a higiene. Todos aqueles que não estão envolvidos com os serviços essenciais devem cumprir as medidas de distanciamento social, de acordo com as orientações das autoridades sanitárias.

 

Fonte: Secom


terça-feira, 16 de junho de 2020

A AMEAÇA FASCISTA NO BRASIL, POR RODRIGO PATTO SÁ MOTTA




A opinião de direita há anos vem martelando sobre a presença (ou o retorno) de uma ‘ameaça comunista’ no Brasil, um discurso que distorce a realidade com objetivo de aumentar a rejeição às políticas orientadas para mudanças sociais, mesmo as mais moderadas. Esse recurso contribuiu para o impeachment de 2016 e foi decisivo nas eleições de 2018.

Mas é irônico – e revelador – que na História do Brasil tivemos duas ditaduras de direita, criadas sob a justificativa da necessidade de combater a esquerda. Enquanto isso, e ao contrário, quando a esquerda chegou ao poder, nos anos 2000, ela governou de forma democrática e respeitando as instituições.

Em meio ao recente crescimento dos movimentos de direita (no Brasil e no mundo), temos visto o aparecimento de grupos e lideranças com posturas radicais e violentas, algumas delas nitidamente inspiradas pelo fascismo. Alguns desses grupos e líderes revelam sua identidade fascista, outros agem de maneira mais discreta.

É difícil abordar o tema de maneira racional em meio às batalhas ideológicas polarizadas atuais. Mas a reflexão analítica é parte do ofício de professor universitário e pesquisador, então vamos enfrentar o desafio. O fenômeno fascista conta com grande volume de estudos, produzidos tanto por historiadores como cientistas sociais, que vêm debatendo sobre as características básicas dos movimentos fascistas clássicos dos anos 1920-40.

Podemos apontar algumas características essenciais do fascismo histórico: nacionalismo radical, xenofóbico e com tendências racistas; antiesquerdismo e anticomunismo viscerais; culto à violência como forma de lidar com conflitos e diferenças sociais, por isso o gosto por uniformes, militarismo e guerra; o elogio ao instinto e à emoção, considerados superiores à razão abstrata; antiliberalismo, o que significava rejeitar os valores da sociedade liberal-democrática, tais como individualismo, pluralismo e redução do papel do Estado — ao que os fascistas opunham um Estado integral ou totalitário. Além disso, os fascistas sempre contavam com um líder carismático e considerado infalível e se organizavam em partidos militarizados.

Se observamos os grupos de direita atuais, vemos a presença de algumas dessas características, mas raramente a presença de todas ao mesmo tempo. Em alguns casos, trata-se mais da expressão de sentimentos e atitudes próximas ao fascismo do que de movimentos organizados.

As características mais presentes são o antiesquerdismo visceral, o nacionalismo autoritário e a disposição para enfrentar os inimigos por meios violentos, ao lado de desprezo por minorias e pela liberdade de expressão (em todos os sentidos).
A exacerbação dos movimentos de direita radical, fascistas, ou às vezes semifascistas, é uma tendência muito perigosa, pois estão apoiados no atual governo federal, podendo levá-lo a sentir-se legitimado para atentar contra as instituições republicanas para instaurar uma ditadura ou alguma outra forma de regime autoritário híbrido.

Quanto ao bolsonarismo, ele parece uma mescla de várias tendências da direita radical, unindo desde neofascistas até nacionalistas autoritários típicos da tradição brasileira, nostálgicos da ditadura. Há um elemento complicador para classificar o bolsonarismo como um movimento puramente fascista, que é sua adesão ao liberalismo econômico (ainda que ela seja um tanto oportunista). Isso poderá ficar claro mais adiante, a depender da evolução do processo, mas no momento é difícil fazer afirmações definitivas.

De qualquer forma, todos os fascistas se identificam com o bolsonarismo, e este, independentemente de qual seja o conceito mais adequado para defini-lo, apresenta-se como um movimento com claras tendências autoritárias e extremistas, que, se não forem contidas, poderão jogar o Brasil em uma ditadura de extrema direita (pela terceira vez na nossa História).

Rodrigo Patto Sá Motta é professor titular de História da UFMG.

Fonte: Jornal GGN