sexta-feira, 15 de maio de 2020

IMPEACHMENT. SE NÃO AGORA, QUANDO?, POR TANIA MARIA DE OLIVEIRA





“Se eu não for por mim mesmo, quem será por mim?
Se eu for apenas por mim, que serei eu?
Se não agora – quando?”
(Hilel, o Ancião)

No modelo brasileiro de democracia representativa, similar ao de diversos países, em que a soberania popular é exercida principalmente por meio da representação, obtida mediante eleições, para os poderes Executivo e Legislativo, existe uma centena de motivos para uma posição contrária a processos de impeachment.

Em um sistema presidencialista o impedimento tem como consequência a substituição do Chefe do Executivo, eleito pela via direta. Por outro lado, a lei federal brasileira que rege o processo é de 1950. Possui um amplo rol de atos tipificáveis como crimes de responsabilidade que, em um sistema partidário fragmentado pode ser usado por uma maioria parlamentar de forma distorcida e golpista, como foi o caso do impeachment da presidenta Dilma Rousseff no ano de 2016.

Para as forças progressistas, tampouco são irrelevantes, do ponto de vista político, os motivos para contestar um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro.

Ele possui, até onde se conta, número suficiente na Câmara dos Deputados para barrar a iniciativa. Uma das hipóteses que autoriza contrapor a tese é de que uma rejeição do pedido pode fortalecer Bolsonaro no cargo. A outra seria que um aceite, por outro lado, significaria que, após a crise da pandemia de Covid-19 o país ficaria por, pelo menos nove meses discutindo pauta única no Congresso Nacional, o que tem o potencial de aprofundar os problemas. E se, por hipótese, tudo der certo teremos um general 5 estrelas na presidência da República, já que no impedimento do presidente, o vice assume. Um dirigente militar após 26 anos de dirigentes civis, que poderá conduzir o país sob os mesmos enfoques de Bolsonaro, aprovando as reformas neoliberais e cerceando a participação da sociedade civil organizada. Mas com muito mais “equilíbrio emocional”.

A questão é que Jair Bolsonaro já extrapolou todos os limites e sua corda parece possuir um tamanho que não somos capazes de mensurar. Comete, dia após dia, uma quantidade de atos desviantes e passíveis de enquadramento como crime de responsabilidade. Não permite que haja um só dia para que se respire um ambiente de paz política no país. Impõe um tensionamento interminável, uma crise permanente, ora com os demais poderes, atacando os presidentes das Casas legislativas e ministros do Supremo Tribunal Federal, ora com os entes federativos, hostilizando os governadores ou, ainda, com a oposição em enfrentamento direto com qualquer um que exercite o direito de crítica. Isso tudo fora o relacionamento agressivo e autoritário com a imprensa.

Em paralelo, Bolsonaro governa para os seus e usa como nenhum outro político, as redes sociais, sobretudo o Twitter. Insufla seus seguidores a atacar adversários políticos, reais ou imaginários. Compartilha Fake News em suas redes sociais, quando não as cria.

A democracia representativa tem como bases, entre outras, a soberania popular, o sufrágio universal, a observância à Constituição, a separação dos Poderes, a igualdade de todos perante a lei, a adesão ao princípio da fraternidade social, a limitação das atribuições dos governantes garantidas pelos controles que um poder exerce sobre os outros, a temporariedade dos mandatos eletivos. Bolsonaro já descumpriu boa parte desses princípios em vários momentos desde que assumiu a presidência da República.

No período mais recente, os ataques ao isolamento social como medida para conter o avanço da pandemia, tratando a doença covid-19 de forma irresponsável como “gripezinha” ou “resfriadinho”, Bolsonaro criou novos focos de conflitos, inclusive internos, acarretando a troca do ministro da saúde e gestando seu maior isolamento político desde a posse. De pronunciamentos oficiais desastrados, desqualificando as medidas de contenção do vírus, a passeios de final de semana em Brasília e participação em atos com pautas antidemocráticas, ele foi perdendo aliados e se afastando de outros. Mesmo diante desta situação, segue fazendo deboche, como convocar um churrasco para 30 pessoas no Palácio da Alvorada, que depois diria ser fake News da imprensa, no dia em que o Brasil ultrapassava os 10 mil mortos pela doença pandêmica.

Por derradeiro, e super relevante, caso haja comprovação dos fatos alegados por Sérgio Moro, ao pedir demissão do cargo de ministro da pasta da Justiça e Segurança Pública, nos autos do inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal, de que teria indevidamente tentado interferir na Polícia Federal para proteger interesses particulares, Bolsonaro também será acusado de crime comum.

Com o agravamento da crise, já são mais de trinta pedidos de impeachment apresentados na Câmara dos Deputados, por partidos, coletivos, indivíduos.

Para as forças democráticas da esquerda brasileira, partidos, entidades, movimentos, a despeito de todas as questões acima pontuadas que mostram razões sensíveis contrárias ao impedimento, o pedido de impeachment deixou de ser uma opção discutível e se impõe como uma necessidade. O parlamento, onde estão os outros representantes do povo legitimamente eleitos, precisa tomar posição acerca da conduta do dirigente da nação. As condições jurídicas, essas estão dadas há algum tempo. As condições políticas, essas precisam ser construídas. O passo primeiro é apresentar o pedido. O momento é agora.

Tania Maria de Oliveira é da ABJD – Associação Brasileira de Juristas pela Democracia

Fonte: Jornal GGN

COM MAIS 83 MORTES E 621 CASOS DE COVID-19, PERNAMBUCO TEM 1.381 ÓBITOS E 16.209 CONFIRMAÇÕES



Mais 83 mortes e 621 novos casos de pacientes com Covid-19 foram confirmados em Pernambuco, nesta sexta-feira (15). Com isso, a Secretaria Secretaria Estadual de Saúde (SES) contabilizou, ao todo, 1.381 óbitos e 16.209 confirmações de pessoas com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, em março.

 Dos 621 novos casos confirmados, 349 se enquadravam como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e os outros 272 eram casos leves da doença. Entre os 16.209 casos já confirmados no estado, 8.554 foram classificados como graves e 7.655 como leves.

Os detalhes epidemiológicos devem ser repassados ao longo do dia pela SES.

 

Fonte: G1 Pernambuco


JOVEM E BEBÊ DE 1 ANO SÃO MORTOS A TIROS DENTRO DE CASA EM GARANHUNS




Na noite da quinta-feira (14/5) um jovem de 18 anos e o enteado dele, de um ano, foram atingidos por disparos de arma de fogo, no bairro Cohab, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Segundo a Polícia Civil, eles estavam em casa quando os suspeitos invadiram o local e atiraram.

Fábio Vitalino Pereira da Silva estava na sala com o bebê no colo e morreu na hora. Os disparos atingiram a cabeça de Levy Gabryel Nanes da Silva, de um ano. A criança foi socorrida para o Hospital Regional Dom Moura, e transferida para o Hospital da Restauração, no Recife.

Durante a transferência para o Hospital da Restauração, o menino não resistiu aos ferimentos. Os suspeitos fugiram e não foram identificados. O corpo de Fábio, foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML). A Polícia Civil vai investigar o caso.

Fonte: G1 Caruaru

GARANHUNS CONFIRMA MAIS 12 CASOS DE CORONAVÍRUS NESTA QUINTA-FEIRA (14) E SOBE PARA 88 CASOS




A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que foram confirmados, nesta quinta-feira (14), 12 novos casos de Covid-19, em Garanhuns. Os casos foram confirmados após resultado de testagem emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), e também por testes rápidos, feitos por laboratórios da rede particular do município. As pessoas que testaram positivo para Covid-19 estão em fase de isolamento/tratamento, e permanecem sob o monitoramento da equipe da Secretaria de Saúde.

O boletim de hoje registra também a recuperação de quatro pessoas que não apresentam mais sintomas da doença. Outros nove casos foram descartados para Covid-19, após resultado de testagem laboratorial. 16 casos seguem aguardando resultado de testagem laboratorial, para posterior confirmação ou descarte da Covid-19.

Atualmente Garanhuns tem 88 casos confirmados de Covid-19. Deste total oito pessoas vieram a óbito, 23 estão recuperadas após cumprirem o período de isolamento domiciliar e não apresentarem mais sintomas; e 57 pessoas que foram confirmadas com Covid-19 estão em fase de tratamento e/ou isolamento. Ao todo, 74 casos já foram descartados, após serem submetidos ao exame e obtiverem resultado negativo.

A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população permaneça em casa! Se for necessário sair, faça o uso de máscara, lembrando também dos cuidados com a higiene. Todos aqueles que não estão envolvidos com os serviços essenciais devem cumprir as medidas de distanciamento social, de acordo com as orientações das autoridades sanitárias.

Fonte: Secom