quarta-feira, 13 de maio de 2020

FUNCIONÁRIO E 11 IDOSOS TESTAM POSITIVO PARA O CORONAVÍRUS EM ASILO DE SÃO BENTO DO UNA




Onze idosos moradores de um asilo em São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco, testaram positivo para o coronavírus. A secretária de Saúde do município, Aline Cordeiro, informou que dois idosos morreram na semana passado no Hospital Marília Tereza Mendonça com suspeita da doença. O fato chamou a atenção dos profissionais de saúde, que comunicaram à Secretaria de Saúde.

Na segunda-feira (11) foram realizados teste rápidos em todos os idosos do abrigo São Vicente de Paula, dos 18 que moram lá, 11 testaram positivo. Um cuidador de idosos que trabalha no local também testou positivo para o coronavírus.

A Secretária de Saúde de São Bento do Una também informou que todos foram transferidos para o hospital de campanha, montado no Colégio Cônego João Rodrigues, no Centro da cidade. O estado de saúde dos idosos é estável - eles estão apresentando sintomas leves, mas sem a necessidade de respiradores.

Fonte: G1 Caruaru

AUMENTO DE CASOS DO CORONAVÍRUS EM GARANHUNS REVELA A INCOMPETÊNCIA DA GESTÃO DO MUNICÍPIO POR LEONARDO FERREIRA




Com os aumentos significativos do novo Coronavírus em Garanhuns para 70 casos, revelaram a incompetência da atual gestão municipal em relação ao combate da proliferação da doença logo após o governo municipal emitir o novo decreto autorizando a abertura de funcionamentos de óticas, casa de cosméticos e feiras-livres.

A saúde do município que já está precário pois diferente de outras cidades da região Garanhuns que tem na base de 140 mil habitantes não tem um hospital municipal, o que por si só já é um alarmante, não era para decretar a reabertura de estabelecimentos que gera aglomerações em meio a uma pandemia tão séria.

Outra coisa que revela a incompetência é os gastos exorbitantes, não admissível que a Prefeitura de Garanhuns vem realizando, em um momento de uma pandemia global licite por exemplo, 900 mil reais em EPIS para a Guarda Municipal, ou gaste 70 mil reais em xerox e encarnação, quando a Secretária de Saúde não tem testes rápidos e nem um hospital municipal.

E cobrar ações ao combate do coronavírus pela Prefeitura não significa que não estamos cobrando do governo do estado, e sim saber que o combate tem que ser uma ação conjuntas de governos, municipais, estaduais e federal, algo que aqui no Brasil é difícil.

GARANHUNS REGISTROU 18 NOVOS CASOS DO CORONAVÍRUS NAS ÚLTIMAS 24 HORAS E SOBE PARA 70 CASOS




A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que foram confirmados, nesta terça-feira (12), 18 novos casos de Covid-19, em Garanhuns. Todos os casos foram confirmados após resultados de testes rápidos, feitos por laboratórios da rede particular do município. As pessoas que testaram positivo para Covid-19 estão em fase de isolamento/tratamento, e permanecem sob o monitoramento da equipe da Secretaria de Saúde.

Hoje, o município também registrou a recuperação de oito pessoas que não apresentam mais sintomas da doença. Outros sete casos foram descartados para Covid-19, após resultado de testagem laboratorial. 10 casos seguem aguardando resultado de testagem laboratorial, para posterior confirmação ou descarte da Covid-19.

Atualmente Garanhuns tem 70 casos confirmados de Covid-19. Deste total oito pessoas vieram a óbito, 17 estão recuperadas após cumprirem o período de isolamento domiciliar e não apresentarem mais sintomas; e 45 pessoas que foram confirmadas com Covid-19 estão em fase de tratamento e/ou isolamento. Ao todo, 62 casos já foram descartados, após serem submetidos ao exame e obtiverem resultado negativo.

A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população permaneça em casa! Se for necessário sair, faça o uso de máscara, lembrando também dos cuidados com a higiene. Todos aqueles que não estão envolvidos com os serviços essenciais devem cumprir as medidas de distanciamento social, de acordo com as orientações das autoridades sanitárias.

Fonte: Secom


terça-feira, 12 de maio de 2020

AS FALSAS PROPOSTAS E A LETARGIA MESSIÂNICA DA SOCIEDADE, COMENTÁRIO DE RAFAEL VIERA




O articulista André Araújo do GGN costuma dizer que o acaso é quem constrói a história.

Pensando nisso, lembrei-me da avaliação de muitos analistas políticos, segundo a qual a facada foi responsável pela eleição do atual presidente.

Continuando nas contingências, talvez uma pandemia seja responsável por sua queda.
Enfim, dois eventos aleatórios podem ser determinantes para o início e o fim da atual tragédia em que o Brasil se encontra.

E aqui, cabe um parêntese. Pois, numa perspectiva histórica mais ampla, creio que a posse do atual presidente seja fruto da profecia, segundo a qual a história se repete como farsa. Pois, nessa perspectiva histórica mais ampla, o atual presidente é filho do “mensalão do PT”, da “república de Curitiba” e do “golpimpeachment” em Dilma. 

Assim como os militares de 64 são fruto do “mar de lama” de Getúlio e da “república do Galeão” e das várias tentativas impedir as posses de JK e Jango. Aí, muitos alegarão e com razão. Ah, mas a gestão dos governos militares não se compara com a do atual governo. Sim. Daí a farsa. Fecha o parêntese.

Retomando. A relação entre a pandemia e a possível queda do atual governo está na estratégia discursiva do presidente, regida sempre pelo conflito.
Assim, quando o mundo e o Brasil se depararam com uma pandemia e todos lançam mão do discurso: temos que salvar vidas. Ao presidente, que sempre opta pelo conflito, resta o discurso: temos que salvar a economia.

E qual é o problema dessa estratégia discursiva?

É que a retórica “salvar vida” significa maior isolamento social, menor propagação e maior controle da doença e, consequentemente, volta mais rápida à normalidade. A ponto de alguns países que adotaram fortemente essa estratégia já estarem comemorando a marca de nenhum caso novo.

Por outro lado, a retórica “salvar a economia” significa voltar imediatamente à normalidade. E isso gera maior interação humana, explosão da pandemia, caos social e sanitário e uma retomada econômica mais lenta.

Mas, se isso acontece, porque o discurso do presidente tem tanta força, ao menos no curto prazo?

Isso ocorre por dois motivos.

Primeiro, porque seu governo, estrategicamente, retarda todas as medidas econômicas para o enfrentamento da doença, forçando a sociedade a voltar à normalidade. 

Segundo, porque quanto maior o isolamento social, no curto prazo, menor será a propagação da doença e o número de infectados e, assim, mais as pessoas acreditarão que o isolamento não é necessário e que a doença não é perigosa.

Logo, no curto prazo, as medidas de isolamento social, contraditoriamente, ao trazerem resultados positivos acabam reforçando o discurso oposto, de que o isolamento social é dispensável e que o mais importante é o retorno à normalidade para recuperar a economia.

Porém, conforme já exposto, voltar à normalidade antes do controle da pandemia faz com que o vírus volte a se propagar com força. E, assim, maior será o tempo necessário de isolamento social e, consequentemente, pior será o desempenho econômico.

Perceberam o problema que uma pandemia imponderável cria numa estratégia discursiva de uma nota só, de quem sempre opta pelo conflito?

Em suma, o discurso do presidente é duplamente equivocado. Pois, o discurso contrário, de “salvar vidas” (manter o isolamento social) além de ser socialmente mais aceitável, ao reduzir as vítimas, também é economicamente mais eficaz. Enquanto que o discurso “salvar a econômica” (voltar logo ao trabalho), antes do controle da doença, produz mais vitimas e prejudica o desempenho econômico.

E aqui, não custa alertar os “economistas” incapazes de resolver uma equação que leva em conta a realidade empírica e tem mais de uma variável. Pois, a equação crescimento econômico, que depende da variável “trabalho”, não existe na realidade sensível sem a variável “coronavirus”. Ou seja, só é possível resolver a equação “crescimento econômico” levando em conta as duas variáveis (trabalho e doença) simultaneamente.

Posto isso, há uma certeza e uma dúvida.

A certeza é que essa estratégia discursiva do presidente causará mais mortes e prejudicará o desempenho econômico. A dúvida é saber quanto tempo a sociedade brasileira irá levar para acordar dessa letargia imposta por discurso messiânico do “bem” contra o “mal”, feito por um presidente sádico que atenta contra os interesses de sobrevivência e desenvolvimento da própria sociedade?

Fonte: Jornal GGN