quinta-feira, 9 de abril de 2020

CPC REALIZA LIVES SOBRE LITERATURA COM ESCRITORES DE GARANHUNS




Com a suspensão temporária das atividades presenciais do Sesc em Pernambuco devido à pandemia do coronavírus, o Centro de Produção Cultural, Negócios e Tecnologia (CPC) realiza nas quartas-feiras de abril uma série de lives sobre Literatura com escritores de Garanhuns. A ação faz parte do projeto “#Sescpeemcasa”. As conversas acontecem às 19h, com transmissão pelo Instagram e são mediadas por Marcilene Pereira, instrutora de atividades artísticas do Sesc. Os bate-papos são transmitidos pelo perfil dela na rede social: @marcilenezpereira.

A programação é diversificada, atrativa e trata de um tema diferente a cada semana. Nesta quarta-feira (08/04), o bate-papo será com Nivaldo Tenório e o tema que ele vai abordar é “Gênero: conto e as revistas literárias”. No dia 15, será a vez de Fernanda Limão, que vai falar sobre “Poesia Escrita por Mulheres”. Já no dia 22, o tema “Booktubers e as Novas Estratégia de Formação de Leitores” será apresentado por Amâncio Siqueira. E no dia 29, fechando a programação, Thiago Correia fala sobre “A Crítica Literária em Tempos de Internet”.

“A ideia surgiu após uma reunião online da equipe de Cultura do CPC, na qual foram tratadas estratégias para manter a arte presente entre as pessoas”, explica Marcilene. A estreia foi no dia 1º de abril com o escritor Helder Herik e o tema “Literatura para a Infância”.

Sesc – O Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 23 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo, e o Centro de Produção Cultural, Tecnologia e Negócios do Sesc, em Garanhuns. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço – Bate-papo sobre Literatura do CPC
Todas as quartas-feiras de abril, às 19h
Transmissão ao vivo pelo Instagram @marcilenezpereira

Programação
Dia 08/04 – “Gênero: conto e as revistas literárias”, com Nivaldo Tenório
Dia 15/04 – “Poesia Escrita por Mulheres”, com Fernanda Limão
Dia 22/04 – “Booktubers e as Novas Estratégia de Formação de Leitores”, Amâncio Siqueira
Dia 29/04 – “A Crítica Literária em Tempos de Internet”, com Thiago Correia

PRIMEIRA MORTE CAUSADA PELO CORONAVÍRUS É CONFIRMADA EM GARANHUNS/PE




A Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica, informa que o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado no município de Garanhuns na manhã de hoje (09/04) pelo LACEN-PE (Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco). Trata-se de um homem de 49 anos, notificado em hospital da rede pública estadual, que foi a óbito na última terça-feira (07/04).

Um novo caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) também foi notificado e amostra já foi enviada para o LACEN-PE.

Reforçamos, mais uma vez, a importância de ficar em casa. Redobre seus cuidados com higiene, cumpra seu isolamento social e siga as orientações das autoridades sanitárias. Só saia de casa se for extremamente necessário.

Fonte: Secom

VEREADOR DE GARANHUNS CHAMA SEU POVO DE PESTE POR LEONARDO FERREIRA




Em um vídeo publicado nas redes sociais, o Vereador Gil PM, em mais um momento de fúria, chama seu próprio povo de peste, motivo segundo o vídeo publicado nas redes sociais, ele afirma “que não prometeu cesta básica a peste nenhuma”.

Isso é comportamento de um representante do povo de Garanhuns?

Em momento como esse em que vivemos em uma pandemia, acende a solidariedade das pessoas, e nesse quadro como é que ele afirma que não é função de Vereador doar cesta básica, ele se esquece que é função do vereador criar um projeto para distribuir cesta básica, nessa quarentena do coronavírus fica a pergunta?

Qual o vereador que está fazendo esse tipo de projeto de distribuição de cesta básica a famílias carentes em Garanhuns.

Como escrevi terça-feira (07/04), HOSPITAL MUNICIPAL EMGARANHUNS UM SONHO NÃO REALIZADO POR LEONARDO FERREIRA,  sobre o Hospital Municipal é um sonho que não se realiza, cujo onde não se constrói um hospital municipal e nem acontece distribuição de cesta básica.

Afinal qual é verdadeira função do político, se não é de atender o anseio do povo, hoje se faz essa indagação sobre a política de Garanhuns.


Veja o vídeo abaixo:

terça-feira, 7 de abril de 2020

AS NOVAS TAREFAS DO JORNALISMO EM TEMPO DE CORONAVÍRUS




Ao ideologizar a questão do confinamento, Jair Bolsonaro antecipou a discussão sobre as consequências econômicas da pandemia do coronavírus ao levantar o fantasma do caos econômico e do apocalipse empregatício com o aparente objetivo de tentar reanimar os adeptos do “discurso do ódio” e os empresários assustados com a queda dos negócios.

Essa mudança no contexto político nacional no momento em que a doença começa a ganhar um ritmo acelerado nas principais capitais brasileiras colocou a imprensa diante do dilema de dar meia volta em toda a campanha a favor do confinamento social ou entrar em rota de colisão com o capitão-presidente.

A Folha de S.Paulo e a TV Globo foram as empresas que reagiram mais rapidamente e passaram a uma crítica sistemática das decisões oficiais no combate à pandemia, assumindo um protagonismo que vai azedar ainda mais as relações entre duas das mais importantes organizações da mídia nacional e o Palácio do Planalto.

Ao ideologizar o debate sobre o combate à pandemia, Bolsonaro tenta recuperar os pontos perdidos nas pesquisas de popularidade em favor de governadores estaduais, prefeitos das grandes capitais e até mesmo do seu ministro da Saúde. Mas ele provavelmente não se deu conta de que a dinâmica da mobilização nacional contra o coronavírus pode conduzir a uma mudança significativa na economia e nos comportamentos sociais da população brasileira.

Folha e Globo optaram por uma estratégia editorial que pode levá-las à necessidade de rever alguns procedimentos jornalísticos, tendo em vista as características especiais do tipo de crise que o coronavírus está criando no planeta inteiro. É o primeiro grande trauma social, político, econômico e científico de natureza global, incontrolável e com fluxos informativos em tempo real.

Tudo indica que raríssimos países conseguirão sair incólumes da disseminação do vírus, mas a contaminação não acontece simultaneamente e não segue o direcionamento de epidemias anteriores. O coronavírus migra dos países ricos para os pobres, que tradicionalmente sempre estiveram na origem de focos de contágio de enfermidades infecciosas. Além disso, o coronavírus registra, no momento, diferentes estágios de evolução; alguns países já consideram a epidemia em vias de desaparecimento e, em outros, ela ainda nem começou.

As quatro fases da pandemia

Segundo especialistas em saúde pública, uma pandemia normalmente passa por quatro estágios antes de desaparecer. O primeiro é o da tomada de consciência diante da gravidade potencial da doença. O segundo é o do compartilhamento das estratégias e medicamentos no combate ao vírus. O terceiro é quando a solidariedade entre as pessoas surge como o principal recurso contra o caos hospitalar e contra a desorganização da economia. A quarta e última fase acontece quando os sobreviventes enfrentam a dura tarefa de reconstruir as estruturas sociais, políticas e econômicas destroçadas pela pandemia.

No primeiro e no segundo estágios, o trabalho da imprensa obedece às normas gerais de produção, edição e publicação de hard news, ou seja, fatos novos que documentam o surgimento e evolução da intensidade da pandemia, bem como formas de combater os efeitos da doença. É a etapa que está sendo vivida por um grande número de países, especialmente os Estados Unidos e nações da Europa. O terceiro estágio marca uma mudança significativa nos dilemas a serem enfrentados pelos veículos de comunicação jornalística. As hard news já não são mais tão importantes, porque o essencial são informações sobre como as populações afetadas devem conviver com o confinamento longo, com as limitações de consumo, com a insegurança hospitalar e com a necessidade de apoio mútuo.

O jornalismo foi exemplar na hora de disseminar notícias e informações visando criar uma consciência da gravidade da pandemia e no compartilhamento das estratégias de combate ao coronavírus. Mas, agora, ele enfrenta o desafio de se reinventar para mergulhar no esforço de mudar comportamentos e rotinas de uma sociedade acostumada ao individualismo. É uma missão que foge aos padrões tradicionais da profissão, porque é mais voltada para o engajamento social do jornalismo e à orientação informativa do público do que para a divulgação de hard news.

Mudar comportamentos e valores não é uma tarefa simples e nem rápida. 

Normalmente, seria uma atribuição do marketing social, apoiado pela sociologia e psicologia, mas, num mundo onde a informação passou a ter um papel primordial no funcionamento da sociedade, cabe ao jornalismo formatar as mensagens que circularão nas plataformas digitais. O jornalismo é o curador das informações que serão distribuídas porque ele sabe, ou pelo menos deveria saber, qual é o formato mais facilmente assimilável por uma massa de usuários de redes sociais, por exemplo.
Engajamento jornalístico

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os moradores de bairros de classe média afluente já estão começando a experimentar os desafios da solidariedade. O início é sempre promissor porque gera situações inovadoras e envolventes do ponto de vista emotivo, facilmente documentadas pela imprensa. Mas, com o passar do tempo, o ineditismo desaparece e haverá necessidade de intensificar o fluxo de informações para que as pessoas continuem criativas na manutenção da solidariedade no condomínio, rua, bairro ou cidade. É aí que o jornalismo passa a ser fundamental como alimentador de fatos, dados e eventos capazes de dar origem a novas ações comunitárias.

A quarta e última etapa de uma pandemia vai ser construída com base no êxito ou fracasso do desenvolvimento de um clima solidário no país porque envolve a necessidade de uma mobilização nacional pela reconstrução do que foi afetado pela pandemia do coronavírus. Essa ação vai exigir o surgimento de uma liderança carismática e com alto poder agregador, enquanto a imprensa passa a ter um papel chave na criação de um consenso nacional em torno do esforço de reconstrução.

Ao criticar o confinamento, Bolsonaro e seus seguidores inverteram as prioridades porque focaram na reorganização econômica antes de pensar na geração de uma solidariedade nacional capaz de unificar o país em torno de um objetivo acima das legendas e ideologias. Por sorte, a imprensa parece não ter embarcado na jogada bolsonarista, pelo menos por enquanto.

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Carlos Castilho é jornalista graduado em mídias eletrônicas, com mestrado e doutorado em Jornalismo Digital e pós-doutorado em Jornalismo Local.