terça-feira, 7 de abril de 2020

AS NOVAS TAREFAS DO JORNALISMO EM TEMPO DE CORONAVÍRUS




Ao ideologizar a questão do confinamento, Jair Bolsonaro antecipou a discussão sobre as consequências econômicas da pandemia do coronavírus ao levantar o fantasma do caos econômico e do apocalipse empregatício com o aparente objetivo de tentar reanimar os adeptos do “discurso do ódio” e os empresários assustados com a queda dos negócios.

Essa mudança no contexto político nacional no momento em que a doença começa a ganhar um ritmo acelerado nas principais capitais brasileiras colocou a imprensa diante do dilema de dar meia volta em toda a campanha a favor do confinamento social ou entrar em rota de colisão com o capitão-presidente.

A Folha de S.Paulo e a TV Globo foram as empresas que reagiram mais rapidamente e passaram a uma crítica sistemática das decisões oficiais no combate à pandemia, assumindo um protagonismo que vai azedar ainda mais as relações entre duas das mais importantes organizações da mídia nacional e o Palácio do Planalto.

Ao ideologizar o debate sobre o combate à pandemia, Bolsonaro tenta recuperar os pontos perdidos nas pesquisas de popularidade em favor de governadores estaduais, prefeitos das grandes capitais e até mesmo do seu ministro da Saúde. Mas ele provavelmente não se deu conta de que a dinâmica da mobilização nacional contra o coronavírus pode conduzir a uma mudança significativa na economia e nos comportamentos sociais da população brasileira.

Folha e Globo optaram por uma estratégia editorial que pode levá-las à necessidade de rever alguns procedimentos jornalísticos, tendo em vista as características especiais do tipo de crise que o coronavírus está criando no planeta inteiro. É o primeiro grande trauma social, político, econômico e científico de natureza global, incontrolável e com fluxos informativos em tempo real.

Tudo indica que raríssimos países conseguirão sair incólumes da disseminação do vírus, mas a contaminação não acontece simultaneamente e não segue o direcionamento de epidemias anteriores. O coronavírus migra dos países ricos para os pobres, que tradicionalmente sempre estiveram na origem de focos de contágio de enfermidades infecciosas. Além disso, o coronavírus registra, no momento, diferentes estágios de evolução; alguns países já consideram a epidemia em vias de desaparecimento e, em outros, ela ainda nem começou.

As quatro fases da pandemia

Segundo especialistas em saúde pública, uma pandemia normalmente passa por quatro estágios antes de desaparecer. O primeiro é o da tomada de consciência diante da gravidade potencial da doença. O segundo é o do compartilhamento das estratégias e medicamentos no combate ao vírus. O terceiro é quando a solidariedade entre as pessoas surge como o principal recurso contra o caos hospitalar e contra a desorganização da economia. A quarta e última fase acontece quando os sobreviventes enfrentam a dura tarefa de reconstruir as estruturas sociais, políticas e econômicas destroçadas pela pandemia.

No primeiro e no segundo estágios, o trabalho da imprensa obedece às normas gerais de produção, edição e publicação de hard news, ou seja, fatos novos que documentam o surgimento e evolução da intensidade da pandemia, bem como formas de combater os efeitos da doença. É a etapa que está sendo vivida por um grande número de países, especialmente os Estados Unidos e nações da Europa. O terceiro estágio marca uma mudança significativa nos dilemas a serem enfrentados pelos veículos de comunicação jornalística. As hard news já não são mais tão importantes, porque o essencial são informações sobre como as populações afetadas devem conviver com o confinamento longo, com as limitações de consumo, com a insegurança hospitalar e com a necessidade de apoio mútuo.

O jornalismo foi exemplar na hora de disseminar notícias e informações visando criar uma consciência da gravidade da pandemia e no compartilhamento das estratégias de combate ao coronavírus. Mas, agora, ele enfrenta o desafio de se reinventar para mergulhar no esforço de mudar comportamentos e rotinas de uma sociedade acostumada ao individualismo. É uma missão que foge aos padrões tradicionais da profissão, porque é mais voltada para o engajamento social do jornalismo e à orientação informativa do público do que para a divulgação de hard news.

Mudar comportamentos e valores não é uma tarefa simples e nem rápida. 

Normalmente, seria uma atribuição do marketing social, apoiado pela sociologia e psicologia, mas, num mundo onde a informação passou a ter um papel primordial no funcionamento da sociedade, cabe ao jornalismo formatar as mensagens que circularão nas plataformas digitais. O jornalismo é o curador das informações que serão distribuídas porque ele sabe, ou pelo menos deveria saber, qual é o formato mais facilmente assimilável por uma massa de usuários de redes sociais, por exemplo.
Engajamento jornalístico

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os moradores de bairros de classe média afluente já estão começando a experimentar os desafios da solidariedade. O início é sempre promissor porque gera situações inovadoras e envolventes do ponto de vista emotivo, facilmente documentadas pela imprensa. Mas, com o passar do tempo, o ineditismo desaparece e haverá necessidade de intensificar o fluxo de informações para que as pessoas continuem criativas na manutenção da solidariedade no condomínio, rua, bairro ou cidade. É aí que o jornalismo passa a ser fundamental como alimentador de fatos, dados e eventos capazes de dar origem a novas ações comunitárias.

A quarta e última etapa de uma pandemia vai ser construída com base no êxito ou fracasso do desenvolvimento de um clima solidário no país porque envolve a necessidade de uma mobilização nacional pela reconstrução do que foi afetado pela pandemia do coronavírus. Essa ação vai exigir o surgimento de uma liderança carismática e com alto poder agregador, enquanto a imprensa passa a ter um papel chave na criação de um consenso nacional em torno do esforço de reconstrução.

Ao criticar o confinamento, Bolsonaro e seus seguidores inverteram as prioridades porque focaram na reorganização econômica antes de pensar na geração de uma solidariedade nacional capaz de unificar o país em torno de um objetivo acima das legendas e ideologias. Por sorte, a imprensa parece não ter embarcado na jogada bolsonarista, pelo menos por enquanto.

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Carlos Castilho é jornalista graduado em mídias eletrônicas, com mestrado e doutorado em Jornalismo Digital e pós-doutorado em Jornalismo Local.

BANCO DE ALIMENTOS DO SESC ARRECADA DOAÇÕES PARA REDUZIR IMPACTOS DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS




Neste momento de pandemia do novo coronavírus e de chuvas no interior do estado, o Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE inicia, nesta segunda-feira (6/4), uma campanha para arrecadar recursos, cestas básicas, alimentos não-perecíveis, itens de higiene pessoal e material de limpeza para atender 150 mil pessoas em situação de risco social assistidas por 400 instituições em Pernambuco.

A população em geral e os empresários podem depositar qualquer valor na conta corrente do Banco de Alimentos do Sesc, que é a da Caixa Econômica Federal, agência: 0923, conta corrente: 00003775-6 e CNPJ: 03.482.931/0021-05. A razão social e o nome fantasia são: Serviço Social do Comércio/Sesc - Banco de Alimentos Sesc Pernambuco. Pelo Whatsapp (81) 99166.2035) ou pela central fixa (81) 3216.1680, as empresas também podem agendar a entrega de cestas básicas e produtos que serão coletados pelas equipes de uma das centrais do Banco de Alimentos no Recife, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde ou Petrolina.

O Banco de Alimentos, vinculado ao Programa Mesa Brasil do Sesc nacional, existe desde 2002 e atua como um elo entre o doador e beneficiado. Só em 2019, doou 1,5 mil toneladas de alimentos, materiais de higiene e limpeza e brinquedos, saindo de quem tem sobras ou deseja se engajar na luta e seguindo para quem pouco ou nada possui. A equipe do Sesc, que está seguindo as regras sanitárias para receber as doações, pode coletar no local indicado pelas empresas e distribuir nas instituições.

Sesc – O Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 23 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo, e o Centro de Produção Cultural, Tecnologia e Negócios do Sesc, em Garanhuns. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço – Doação para o Banco de Alimentos
Contato: 81 99166.2035 (Whatsapp) e 81 3216.1680
Conta para doação:
Caixa Econômica Federal
Agência: 0923 | Conta corrente: 00003775-6
CNPJ: 03.482.931/0021-05
Razão social e o nome fantasia são: Serviço Social do Comércio/Sesc - Banco de Alimentos Sesc Pernambuco

Banco de Alimentos do Recife
Endereço: Rua Raphael de Oliveira Alves, 438, Ceasa

Banco de Alimentos de Caruaru
Endereço: Rua Rui Limeiral Rosal, s/nº, Petrópolis

Banco de Alimentos de Garanhuns
Endereço: Rua: Agamenon Magalhães, 417, Centro

Banco de Alimentos de Arcoverde
Endereço: Avenida José Bonifácio, 1301, São Cristóvão

Banco de Alimentos de Petrolina
Endereço: Rua Dr. Pacífico da Luz, 618, Centro

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE ESTÃO FUNCIONANDO EM HORÁRIO AMPLIADO EM GARANHUNS




Com o objetivo de ampliar o acesso aos serviços da Atenção Básica e desafogar o fluxo das emergências de hospitais durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) de Garanhuns estão funcionando com atendimento estendido. A ampliação faz parte do programa “Saúde da Hora”, uma iniciativa do Ministério da Saúde. Para o atendimento, a população pode comparecer às seguintes unidades: UBS Bela Vista I, UBS Cohab II (unidade dupla), UBS Heliópolis I, UBS Indiano II e UBS Magano 1 e 3 (unidade dupla), das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, e das 8h às 13h, nos sábados e domingos. 

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Nilva Mendes, a ampliação beneficia pacientes de baixo risco, que não precisam se dirigir aos hospitais para receber atendimento. “Seguimos adotando todos as medidas necessárias, em diversas áreas da saúde, visando a prevenção e enfrentamento ao contágio pelo coronavírus. Com certeza a assistência em horário ampliado vai ajudar a não criar aglomerações em unidades de saúde e hospitais”, destaca a gestora da pasta. 

Seguindo as recomendações do Ministério da Saúde; os casos que apresentam sintomas leves de gripe ou resfriado, devem manter o isolamento domiciliar, e se cuidar em casa. Se os sintomas persistirem, mesmo com o uso de analgésicos e outros cuidados, o paciente pode procurar uma unidade de saúde. A recomendação é de só procurar as emergências dos hospitais quando os sintomas forem graves, como no caso de febre muito alta, queda da pressão arterial e falta de ar. 

Atendimento remoto — Também é possível obter outras informações e orientações sem sair de casa. Para isso, a população pode entrar em contato com os canais de atendimento por telefone do Ministério da Saúde, pelo número 136; ou também com a Secretaria Municipal de Saúde, pelo número (87) 9 9646-2556, de segunda a sexta-feira, das 08h às 14h.  

Saiba quais são as unidades funcionando em horário estendido:

UBS Bela Vista I 
Endereço: Rua Mário Notaro, S/N, Cohab 3;

UBS Cohab II
Endereço: Rua Valdir Mansur, S/N, Cohab 2;

UBS Heliópolis I
Endereço: Rua Augustinho Branco, S/N, Heliópolis;

UBS Indiano II 
Endereço: Rua Cecília Rodrigues, nº 400, Heliópolis;

UBS Magano 1 e 3 (unidade dupla)
Endereço: Rua Serra Branca, Magano;

Foto: Hilton Marques
Fonte: Secom

HOSPITAL MUNICIPAL EM GARANHUNS UM SONHO NÃO REALIZADO POR LEONARDO FERREIRA





Em Garanhuns, cidade do interior pernambucano, Agreste Meridional, sempre teve um sonho de um Hospital Municipal, mais esse sonho nunca se realizou e em tempos de uma pandemia mundial o Coronavírus, esse sonho acabou de cair por terra, depois que o Prefeito Izaías Régis (PTB) lançou nas mídias sociais no início da tarde desta segunda-feira, dia (06/04), um vídeo em que faz um desabafo e anuncia que, diante da falta de recursos em Garanhuns, decorrente da baixa arrecadação causada pela Pandemia da COVID-19, terá que decretar Calamidade Financeira no Município.

O governo atual nesse ano de 2020 completa 8 anos no poder, com pontos positivos, como a gestão de educação, uma gestão moderna no âmbito econômico, mais também e com pontos negativos como onde foi parar as arrecadações do comercio, impostos da população, lucro da Magia do Natal e Viva Dominguinhos?

Garanhuns não tem nenhum fundo emergencial? Para casos como está sendo enfrentado em todo mundo como é o caso dessa pandemia? Afinal Garanhuns nesses 8 anos, não se foi construído nenhum hospital municipal, cujo existe cidades de menor porte onde tem seus hospitais municipais.

Esse sonho de um hospital municipal é mais um sonho que fica pelo caminho resta saber se na próxima gestão seja lá de qual partido ou qualquer nome for, será capaz de priorizar os reais problemas do município.