segunda-feira, 6 de abril de 2020

SOBE O NÚMERO DE MORTOS E CONTÁGIOS DO NOVO CORONAVÍRUS EM PERNAMBUCO




Subiu para 21 o número de óbitos de pacientes com coronavírus em Pernambuco. As informações foram atualizadas pela SECRETARIA DE SAÚDE neste domingo (5).

No total, foram três homens e duas mulheres vítimas da COVID-19 em Pernambuco. 

Outros 25 novos casos da doença foram confirmados, elevando o total para 201 no Estado.

Entre os novos infectados pelo coronavírus estão 10 homens e 15 mulheres com idades que variam de 25 e 93 anos. A maioria dos infectados estão em isolamento domiciliar.

Fonte: Pernambuco Notícias

VICE-PREFEITO DE GARANHUNS SE FILIA AO REPUBLICANOS E PERMANECE PRÉ-CANDIDATO




O vice-prefeito Haroldo Vicente confirmou, neste sábado, a filiação ao Republicanos Pernambuco. Ele teve a ficha abonada pelo presidente estadual do partido, deputado federal Silvio Costa Filho.

Além da filiação, Haroldo assume a presidência do partido no município, com objetivo de trabalhar pelo fortalecimento do Republicanos em Garanhuns e na região.
“Todos nós somos gratos pelo trabalho que o deputado Silvio Costa Filho tem realizado por Pernambuco e por Garanhuns. Por isso estou me filiando ao partido, por acreditar no compromisso dele com nossa cidade. O nosso compromisso com Garanhuns nos faz seguir de cabeça erguida e com o propósito de sempre fazer o melhor por nossa amada cidade. Sempre primando pelo respeito a todos. Obrigado pela confiança, deputado Silvio”, comentou o vice-prefeito.

Alguns especulam que Haroldo poderá ser candidato a prefeito pelo Republicanos, rachando de vez o grupo governista.
Outros imaginam, no entanto, que o vice pode engolir a “traição” de Izaías e aceitar ser o companheiro de chapa de Silvino.

Conversamos com Haroldo Vicente, por telefone, e ele disse que não poderia continuar no PTB. No Republicamos, fica com liberdade para ser candidato à prefeitura, se reunir condições para isto, compor a chapa como vice ou tomar outra opção. “Por enquanto continuo no governo”, frisou, deixando nas entrelinhas a possibilidade de migar para outro grupo político.

Vice-prefeito deve ter uma conversa com Izaías, esta semana e depois do encontro irá anunciar sua posição em relação ao processo eleitoral deste ano.

Fonte: Roberto Almeida

GARANHUNS: PL APOIA SILVINO E REIVINDICA O CARGO DE VICE NA CHAPA DO PTB




O Partido Liberal, PL, decidiu apoiar a pré-candidatura do médico Silvino Duarte à prefeitura de Garanhuns no Agreste de Pernambuco. Esta decisão foi tomada pela Executiva Regional e pelo Diretório Municipal, que está sob o comando do deputado federal Fernando Rodolfo.

Além de anunciar o apoio a Silvino, a direção do PL informou que reivindica o vice da chapa que será encabeçada pelo PTB. Partido garante ter bons nomes e o que for escolhido poderá fortalecer o projeto do grupo governista em Garanhuns.

JÁ LUIZINHO ROLDÃO SE FILIA AO PSB E VAI APOIAR SIVALDO

No final do prazo das filiações partidárias para quem pretende disputar a eleição de 2020, o grupo do deputado estadual Sivaldo Albino recebeu reforços importantes, com adesões de peso no PSB, PSD e PDT.

O Partido Socialista Brasileiro em Garanhuns agora tem em seus quadros os vereadores Tonho de Belo e Betânia da Ação Social, o ex-gestor do Bolsa Família no município, Luizinho Roldão, o líder comunitário Damásio Cardoso, com forte penetração no meio evangélico, e o presidente da Uesg (União dos Estudantes Secundaristas), Gustavo Henrique.

Todos eles vão disputar um mandato de vereador.

Outro nome forte do partido é Johny Albino, irmão de Sivaldo, que se afastou da gerência do Ciretran local para também tentar uma vaga na Câmara Municipal.
Com tantos nomes fortes, que inclui ainda o professor Carlos Tevano e a advogada Claudomira Andrade, o PSB Garanhuns está na expectativa de eleger seis ou sete vereadores na eleição deste ano.

Luizinho Roldão, que como pré-candidato a prefeito chegou a somar seis pontos nas pesquisas, decidiu ingressar no Partido Socialista e apoiar Sivaldo por entender que “mais importante do que projeto pessoal é unir a oposição em torno de quem tem melhores condições de promover as mudanças que Garanhuns precisa”.

Tonho de Belo e Betânia, já com mandatos, serão candidatos à reeleição, também apostando suas fichas nas mudanças.

Do lado governista, o provável candidato é o ex-prefeito Silvino Duarte, de 71 anos, que foi escolhido por Izaías e Armando Monteiro.

O vice-prefeito Haroldo Vicente, que chegou a ser anunciado como pré-candidato, terminou sendo preterido.

Fonte: Roberto Almeida

domingo, 5 de abril de 2020

BOLSONARO É UM VÍRUS POLÍTICO, POR HOMERO FONSECA




Todos sabemos que foi por conta do vácuo político provocado pela Operação Lava Jato com decidido apoio da mídia, juntamente com outros fatores complexos,  que um bisonho deputado de extrema direita foi eleito presidente do Brasil. Seis meses antes das eleições de 2018 não havia viv’alma neste país que imaginasse esse cenário. Ele foi chancelado na campanha e no governo pelas elites econômicas e políticas,  (ao se comprometer com um programa ultra neoliberal, garantido pelo financista Paulo Guedes), incluindo aí a mídia. E pelos militares, cuja ideologia basicamente é a mesma do ex-capitão. O arranjo tornaria palatável a incompetência e os rompantes verbais do Jair e sua turma, enquanto Paulo e seus Chicagoboys governariam o principal, a política econômica. E assim vinha funcionando, com o apoio irrestrito desses setores e mais de sua própria base política: militantes de direita, evangélicos e em geral pessoas que passaram a descrer das instituições democráticas. Apesar da falta de resultados concretos na economia, ele era protegido pela convicção de que privatizações, desmantelamento do Estado e supressão de conquistas trabalhistas e sociais trariam cedo ou tarde a retomada econômica.

Aí apareceu o coronavírus, o vírus comunista vindo da China, com seus terríveis impactos sanitários e econômicos. A visão ideológica do presidente levou-o a alinhar-se entre os que minimizaram o perigo da gripezinha e priorizasse o funcionamento a todo custo do mercado, custasse o que custasse em vidas humanas. Nesse momento, assomou seu fanatismo, sua ignorância e seu absoluto despreparo para o cargo. Ficou claro que a situação estava se retornando insustentável. 

As elites se deram conta de que tinham criado um vírus político e a mídia passou a uma posição crescentemente crítica ao governo, com destaque para a Rede Globo. Todos sabiam, quando o apoiaram nas eleições e no governo, quem era o personagem (radical, preconceituoso, ignorante, medíocre, partidário das milícias, defensor de ditadura e censura), mas julgaram que o manteriam sob controle. Esse pessoal teme que se Bolsonaro assumir a condição de ditador se torne uma espécie de Chavez da direita – governando sem intermediação política (onde os interesses dos empresários são negociados, legal ou ilegalmente), dirigindo-se diretamente à sua base ideológica e à parcela mais ignorante e manipulada da população. Claro que, em caso extremo, as elites políticas, judiciais e sobretudo econômicas, se adaptam perfeitamente às ditaduras de direita (como fizeram nos regimes nazista e fascista,  nas ditaduras latino-americanas e asiáticas), assim como os EUA, seu paradigma. Mas o melhor é navegar nas águas seguras da democracia com a bússola neoliberal. Passaram a questionar abertamente o presidente, mas ainda não construíram uma alternativa institucional (pedidos de impeachment, declarações bombástica da oposição confusa apelando para renúncia e que tais pouco ou muito pouco contam nessa hora).

Ao sentir que, por conta de sua posição estabanada sobre a pandemia, perdia crescentemente sustentação política, Bolsonaro contra-atacou, radicalizando postura e discurso, na direção de criar impasse que levasse celeremente a uma ruptura institucional. Enfrentava a mídia com sucesso, usando as redes sociais e a própria mídia (as repetidas cenas matinais com pequenos grupos de apoiadores, transmitidas diariamente, funcionam como caixa de ressonância de suas mensagens mirabolantes; a mídia aceitou o jogo gostosamente, inclusive as próprias críticas a ela dirigidas pelo capitão, criando dois polos políticos: a direita fanática de Bolsonaro e a direita civilizada, representada por ela, a mídia, e os políticos e especialistas escolhidos e convocados a criticar o presidente; cria-se uma dicotomia artificial, uma falsa polarização com vistas a 2022 – direita x direita).

É nesse quadro que o vice, general Hamilton Mourão, saiu do ostracismo e se oferece como a alternativa de direita segura e racional. Rodrigo Maia corre por fora, coordenando a atuação do Congresso como um contraponto vigoroso às “loucuras” da gangue do Palácio do Planalto. E pululam alternativas no campo liberal: João Dória, Sérgio Moro e até um futuro fantoche como Luciano Huck. Esse conglomerado tem uma força enorme. Mas sem o apoio do Exército, não ousará destituir Bolsonaro. 

Foi diante desse quadro de adversidade crescente, que Bolsonaro partiu para a estratégia de radicalização, contando com seu exército de seguidores nas mídias sociais, reforçados por batalhões de robô. 

O busílis da questão é a posição dos militares, na superfície uma incógnita total. Mas, a julgar pela ponta do iceberg, os generais entraram em campo nos últimos dias de março. Fica para a próxima postagem.

Fonte: Jornal GGN