quarta-feira, 28 de outubro de 2020

DORES NO JOELHO PRECISAM DE ATENÇÃO ESPECIAL

 


O joelho é considerado uma das articulações mais complexas do corpo humano. Sua estrutura é composta por três ossos (fêmur, tíbia e patela), meniscos, ligamentos estabilizadores, músculos, tendões, cartilagem e bursa. É uma articulação bastante utilizada, tanto nas atividades diárias quanto na prática esportiva. Em relação à cartilagem, tecido formado por quatro camadas que servem para absorver a energia cinética entre os ossos, um problema que pode acometer a região é a Condropatia Patelar, basicamente caracterizada pela lesão da cartilagem que recobre a região articular da patela, podendo ser de um grau mais simples como o amolecimento, até um mais avançado, como fissuras, degeneração e exposição do osso subcondral, que é o osso recoberto pela cartilagem. Muito comum em pessoas mais jovens, pode acometer até 40% dessa população.

 

A Contropatia Patelar, ou Condromalacia como também é conhecida, é uma doença multifatorial que pode ocorrer através de traumas de repetição, entorse do joelho e até fatores hereditários. Alguns dos sintomas são dor na região anterior do joelho, derrame articular (conhecido como água no joelho), estalidos e atrofia muscular, porque a dor e o inchaço do joelho podem levar à perda de massa muscular no local. “Se você tem uma queixa de dor na região anterior do joelho, normalmente sem história de trauma ou entorse, você pode estar diante de um quadro de Condropatia”, afirma o Dr. Filipe Belfort, ortopedista do SEOT (Santa Efigênia Ortopedia e Traumatologia), especialista em joelho. Ele explica que “geralmente a pessoa não chegam a ter sua mobilidade totalmente prejudicada, mas existem queixas de pessoas que não têm o rendimento adequado ou não conseguem mais trabalhar em certa posição, não consegue fazer mais certos tipos de atividades (agachamento, subir e descer escadas), pois já começam a ficar mais dolorosos”.

 

O tratamento da Condropatia Patelar, na grande maioria das vezes, é não-cirúrgico, mas para se chegar a essa conclusão é preciso a avaliação do especialista sobre o grau de desgaste da cartilagem. “Indica-se um procedimento cirúrgico em casos de lesões únicas isoladas, normalmente causadas por algum trauma; quando se tem um desgaste difuso, que é o mais comum, não se costuma indicar a cirurgia”, ressalta Belfort. Normalmente, é prescrito um tratamento paralelo para tratar a doença cartilaginosa e a disfunção muscular. Existem terapias com anti-inflamatórios e com a viscosuplementação, em que é feita uma infiltração de ácido hialurônico no joelho, associada a uma boa fisioterapia. “Com a boa evolução do paciente, pode-se progredir para um trabalho de fortalecimento muscular”, conclui o especialista.

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