por
Tereza Campello e Sandra Brandão
O PNUD divulgou hoje relatório de Desenvolvimento
Humano, como faz praticamente todos os anos, com dados sobre a evolução do
Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil.
Os dados expõem não um ponto da conjuntura, mas
séculos de desigualdade e exclusão: 1/3 da riqueza do país fica nas mãos dos 1%
mais ricos. O Brasil é o segundo país mais desigual do mundo, depois do Catar
(que tem uma população um pouco maior que a cidade de Brasília). Seria melhor
já dizer de cara: o Brasil é o país mais desigual do mundo!
Qual seria a reação de um governo sério? Ajudar a
explicitar as razões para este padrão de desigualdade secular, e apontar
caminhos para construir soluções para superá-los.
Mas são óbvios: segundo a casa Civil, os resultados
apontam para a “hipocrisia do discurso petista de atenção aos necessitados e a
ineficiência das políticas petistas de combate à desigualdade”.
Contra a verborragia, vamos aos números do PNUD. No
período do PT, o IDH vinha crescendo de forma praticamente contínua, como
resultado das políticas de combate à pobreza e inclusão. O golpe interrompeu a
tendência.
Os cortes nos gastos em saúde e educação
estabelecidos pela PEC do fim do mundo, a precarização do trabalho e a redução
dos direitos previdenciários só tendem a piorar as perspectivas para o próximo
período.
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